MST e movimentos populares constroem dia de lutas unitárias no Ceará
Por Setor de Comunicação do MST no Ceará
Da Página do MST
No Ceará, trabalhadoras e trabalhadores se mobilizam para levar reivindicações sobre reforma agrária à Secretaria de Desenvolvimento Agrário e ao governo estadual. Os trabalhadores e trabalhadoras marcharam para a Secretaria, após saírem do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), ocupado pela manhã.
Durante todo o dia hoje (9), centenas de trabalhadores Sem Terra realizam uma série de ações com o objetivo de denunciar a paralisação da reforma agrária feita pelo governo de Jair Bolsonaro (sem partido). À tarde, as ações aconteceram na sede da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA). Lá, foram apresentadas como pautas de reivindicações: 1. A aprovação e limites dos MAP’s de desapropriação de terras que já foram negociados com o governo; 2. Decreto criando a comissão de mediação de conflitos; 3. A estruturação dos assentamentos onde solicitam a reforma e ampliação de habitações nas áreas assentadas; 4. A construção de novas habitações para os projetos de novos assentamentos; 5. Energia solar para estruturas coletivas nos assentamentos como escolas do campo e rádios comunitárias; 6. A construção de duzentos biodigestores nos assentamentos da reforma agrária.
No que diz respeito à educação do campo, é reivindicado a conclusão das escolas em construção em Canindé e a construção de novas escolas no assentamento Palmares, em Crateús, assentamento 10 de abril, no Crato, assentamento Juá, em Santa Quitéria, e assentamento Chico Mendes, em Icó. Outros pontos que serão apresentados são: o apoio à juventude e às mulheres na reforma agrária e o desenvolvimento de projetos produtivos nos assentamentos.
As manifestações tiveram início na manhã de hoje, quando trabalhadoras e trabalhadores ocuparam a sede do Incra, em Fortaleza, para denunciar a paralisação da reforma agrária, além disso, os trabalhadores também se manifestaram contra o sucateamento do Incra, a privatização dos assentamentos, a venda de terras brasileiras para estrangeiros e a liberação de mineração em terras indígenas.
As ações estão acontecendo em todos os estados do Brasil em consonância com as mobilizações do 8 de março e com o I Encontro Nacional das Mulheres Sem Terra, que aconteceu em Brasília, entre os dias 5 e 9 deste mês. No Ceará as atividades fazem parte da Jornada Nacional de Lutas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e foram construídas juntamente com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e pelo Levante Popular da Juventude.