Em Pernambuco, MST alimenta população de rua e oferece centro de formação como hospital de campanha
Da Página do MST
Inaugurado há quase um ano, o Armazém do Campo Recife, localizado à beira do rio Capibaribe, se transformou em palco de solidariedade em meio à pandemia de coronavírus.
Em ação conjunta com a Arquidiocese de Olinda e Recife, integrantes do MST estão distribuindo desde o último dia (24), mil marmitas diárias para a população de rua do entorno.
Paulo Mansan, da direção estadual do MST conta que uma das estratégias da ação é suprir parte da carência nutricional das pessoas em maior vulnerabilidade social.
“Com a diminuição da circulação de pessoas e o fechamento de bares e restaurantes vimos essa necessidade. A solidariedade e o cuidado são as nossas ferramentas de enfrentamento durante essa pandemia”, diz.
Mansan lembra que odo processo logístico de produção e distribuição dos alimentos é feito seguindo as recomendações das autoridades sanitárias.
“Além de evitar a aglomeração de pessoas na hora da distribuição, todos nós usamos EPI (Equipamentos de Proteção Individual), como luvas e máscaras, além de esterilizarmos as superfícies com álcool e desinfetantes”.
As refeições são divididas entre café da manhã e jantar e serão preparados e doados até o fim da pandemia no estado.
Centro de formação Paulo Freire
Além da distribuição de marmitas, o MST colocou à disposição do governo estadual o Centro Paulo Freire. O espaço voltado para a formação política e educacional foi colocado à disposição do governo estadual para servir como hospital de campanha para os pacientes diagnosticados com a COVID-19.
A decisão foi formalizada em ofício nesta segunda-feira (30) e é um reforço para o Sistema Único de Saúde (SUS) dar conta do número de pacientes infectados nesta pandemia em Pernambuco.
O centro tem mais de 50 quartos no setor de hospedagem, seis salas de aula e um auditório com capacidade para 800 pessoas. Ele fica localizado no Assentamento Normandia, no agreste do estado.
Em setembro de 2019, o governo do estado emitiu uma ordem de reintegração de posse do centro Paulo Freire, após muitas mobilizações do MST, parceiros e da sociedade civil, o despejo foi temporariamente suspenso.