O Estado racista e genocida segue fazendo novas vítimas em meio a pandemia
Da Página do MST
Mais uma vida negra executada pelo Estado, desta vez, dentro de casa, em quarentena. João Pedro, um adolescente de quatorze anos, foi assassinado durante uma operação realizada pela Polícia Federal e Civil do Rio de Janeiro, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, nesta segunda-feira (18).
Ele brincava dentro do quintal de casa quando foi atingido por um tiro na barriga. Em seguida, foi levado de helicóptero pelos policiais que o mataram. Sua família ficou sem notícias até a manhã de ontem (19), quando descobriram que o garoto estava no IML da cidade.
No momento em que o país enfrenta uma das maiores crises da história, a violência contra pretos/as e pobres não dá trégua. Para o Estado, vidas negras não importam, por isso segue o genocídio diário, seja pelas epidemias, pela fome ou por meio da força policial.
Além do menino João Pedro, o estado do Rio de Janeiro assassinou mais de 14 pessoas em operações realizadas nos últimos dias, 13 delas no Complexo do Alemão. Na tarde de ontem (19), Iago César Gonzaga, de 21 anos, foi morto pela polícia em Acari.
Não podemos normalizar a violência. Mortes como a de João Pedro, Iago e tantos outros escancaram a crueldade do racismo como ação permanente do Estado e deve sempre indignar a todos/as.
O Movimento Sem Terra exige dos poderes públicos do Rio de Janeiro e Governo Federal a investigação e responsabilização dos culpados por essas e tantas outras mortes. Estes crimes são sim expressões do genocídio e precisam ser reconhecidos como tal pela imprensa e pelos órgãos oficiais. Acesse a página Alvos do Genocídio e envie mensagens pressionar os maiores veículos de mídia.
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST
*Editado por Luciana Console