MST contribuiu com alimentos para distribuição de marmitas em Porto Alegre
Por Maiara Rauber
Da Página do MST
Na capital gaúcha, desde o início da pandemia do Coronavírus, movimentos sociais e entidades se unem para ajudar o próximo. Os atos de solidariedade são diversos, como a doação de alimentos, marmitas, equipamentos de proteção entre outros. Para além disso, o programa Periferia Viva, constituído pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) , Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), Levante da Juventude, Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD) e Movimento Pela Soberania Popular na Mineração (MAM), realizam um trabalho de organização junto às comunidades.
“A solidariedade de que falamos é uma ação concreta que visa fazer doações de alimentos saudáveis e organizar o povo das comunidades periféricas para que estes lutem por seus direitos” afirma Geronimo da Silva, dirigente estadual do MST.
Ainda segundo o Sem Terra, essas ações se estenderão pós pandemia. “Isso retomará as lideranças e também formará novas, que vão assumir a tarefa de fazer a luta e de mobilizar as comunidades nas periferias” ressalta Silva.
No último sábado, 23, um grupo de integrantes do Periferia Viva realizou mais uma ação em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Foram entregues 200 marmitas para carentes de duas comunidades da Grande Cruzeiro. Na Vila Santa Tereza 50 pessoas receberam o alimento, arroz com galinha, e orientações sobre coronavírus. Já na Vila Ecológica, primeira vez em que ocorreu doações pelo projeto, 150 integrantes da comunidade tiveram acesso ao mantimento.
Pedro Rubem, que trabalha com eventos gastronômico, foi um dos voluntários da ação junto com seu primo Leonardo Muradas. Os dois cozinharam para as 200 pessoas. “Eu sou do grupo A Fome Tem Pressa, e nós nos ajudamos. Meu tio que é desse comitê [União de Vilas da Grande Cruzeiro] falou que estavam precisando de cozinheiro, então nos disponibilizamos em vir aqui ajudar” relata Rubem.
O cozinheiro, toda terça-feira, ajuda na produção de 250 marmitas pelo projeto A Fome Tem Pressa. Esse alimento é distribuído para comunidades carentes e pessoas que vivem na margem da sociedade, em diversos pontos de Porto Alegre.
“A ideia do grupo é de ajudar as pessoas que o sistema não consegue suprir. Eu me juntei por causa disso, para fazer a diferença. E é na hora da crise que as pessoas precisam de mais ajuda” pontua Rubem.
Já Orlei Maria da Silveira, liderança da União Santa Teresa, destaca que a comunidade tem carência de tudo, pois as políticas públicas não chegam até lá. “Por isso é importante ter essas ações, as pessoas dando força uma para as outras. Cada um dando o seu melhor para ajudar. É uma sensação maravilhosa ver essa iniciativa nas nossas comunidades”, conclui a moradora.
*Editado por Fernanda Alcântara