MST doa cestas de alimentos e mudas para comunidades Guarani e Kaiowá no MS
Por Thainá Regina
Da Página do MST
Reafirmando a solidariedade entre os povos, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) doou 300 cestas de alimentos saudáveis e mais de 600 mudas de árvores para comunidades Guarani e Kaiowá em Dourados, no Mato Grosso do Sul. A ação faz parte da campanha nacional do MST em solidariedade às famílias que enfrentam a fome como uma das consequências da pandemia do novo coronavírus (covid-19).
Devido a pandemia do covid-19 no país, as aldeias estão sofrendo muitos impactos que afetam diretamente a vida dos indígenas da região. Muitos trabalham em usinas e frigoríficos do município, gerando riscos de contágio. Além disso, os indígenas se encontram em vulnerabilidade, pois dependem de mantimentos e outros itens comprados nas cidades.
“As aldeias ficam entorno da cidade de Dourados, com isso a movimentação de indígenas dentro da cidade é muito grande. Por conta da dependência e circulação dentro da cidade os casos nas aldeias aumentaram bastante, hoje são 73 casos confirmados de indígenas infectados pelo coronavírus”, explicou Marcia Barille, da Direção Nacional do MST no MS.
Por conta da contaminação de trabalhadores indígenas de um frigorífico, o atual estado de transmissão comunitária nas aldeias é preocupante. As aldeias passam por uma situação de crise humanitária, o que agrava a situação de vulnerabilidade dos indígenas. Os hábitos culturais, alimentares e ausência de orientações, por parte do Estado, nas comunidades indígenas quanto aos cuidados preventivos ao covid-19 tornam-os altamente transmissíveis.
Em parceria com outras entidades foram montadas centenas de cestas que irão beneficiar mais de 1200 famílias com produtos da Reforma Agrária, como abóbora, batata-doce, repolho, mandioca, ovos, hortaliças, carnes, queijo e muitos outros alimentos. Totalizando mais de 15 itens contribuindo no combate às dificuldades que as comunidades enfrentam.
Marcia explica a simbologia da ação. “Nós do MST temos a solidariedade como princípio, o que se intensifica neste momento. Em todo Brasil, estamos realizando esse ato na prática, mas também estamos provocando para que outras organizações e parceiros pratiquem o mesmo. Sempre defendendo a bandeira da solidariedade, da humanidade e da produção de alimentos saudáveis. Estamos produzindo comida em nossas bases assentadas para combater a fome dentro das aldeias e periferias.”
*Editado por Yuri Simeon