Em MG, MST lança Plano Emergencial de Reforma Agrária em ações por todo estado
Por Setor de Comunicação MST -MG
Da Página do MST
Nesta sexta-feira, 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, a mineirada Sem Terra realiza diversas ações em todas as regiões do estado, marcando assim o lançamento do Plano Emergencial de Reforma Agrária Popular que ocorre em todo país.
Durante todo o dia, o trem da Reforma Agrária Popular se movimenta em Minas Gerais com a realização de ações como, doações de sangue, ato de rua simbólicos, doações de cestas agroecológicas, produção de artes visuais entre outras.
Em Belo Horizonte, a ação aconteceu logo cedo. Em parceria com o Coletivo Alvorada, acampados do Pátria Livre e Zequinha caminharam com faixas e gritando palavras de ordem da praça Afonso Arinos até a Praça 7, onde foram distribuídos alimentos agroecológicos para os trabalhadores/as.
Segundo Silvio Netto, da Direção Nacional do MST, este se configura como mais um momento na história onde o MST junto com a classe trabalhadora pautar um projeto de vida para o povo! “Nenhum povo será empurrado pro abismo do fascismo sem reação, a reação dos sem terra na luta agora é por alimentos pra todo o povo e reforma agrária. Pra isso só tem um jeito, vamos banir Bolsonaro e seu projeto da morte”, salienta.
Plano Emergencial da Reforma Agrária
O Plano, lançado neste 5 de junho tem objetivo de pautar a reforma agrária na sociedade, destacando que também vivenciamos uma crise ambiental que se relaciona à pandemia e vem sendo gerada pela exploração insustentável dos bens naturais. Como resposta a essas crises o MST aponta suas múltiplas ações em torno da preservação ambiental, como o plantio massivo de árvores e a produção de alimentos agroecológicos, assinalando que a reforma agrária é fundamental para garantir que as grandes cidades sejam abastecidas com alimentos saudáveis, a preço acessível.
Desde o início da pandemia, o MST já fez a doação de mais 1200 toneladas de alimentos produzidos em áreas de reforma agrária para populações em situação de vulnerabilidade em todo o país.
Em Minas Gerais, desde o início de 2020, o Movimento desenvolve um programa de recuperação da Bacia do Rio Doce que possui três pilares estruturantes: a assistência técnica, a recuperação ambiental e a educação. Assim, centenas de famílias, de 23 áreas estão recebendo assistência técnica, participando de cursos para fazer o planejamento dos lotes, plantar agroflorestas e recuperar áreas degradadas.
Os projetos visam o reflorestamento de 5.266 hectares em 10 anos, principalmente em áreas de recargas hídricas e de preservação permanente. Com a assistência técnica para as famílias que foram atingidas, destes hectares, 2.500 serão agroflorestas. E na área da educação, está iniciando a proposta para que os agricultores estudem agroecologia a partir do método cubano Camponês a Camponês.
Todas essas iniciativas integram o Plano Nacional “Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis”. Um esforço a ser realizado em três sentidos: 1) com a produção de mudas, coleta de sementes, organização de viveiros artesanais; 2) associado com o embelezamento das nossas áreas, plantar árvores, jardins, trocar bandeiras, pintar murais; 3) intensificar o plantio de árvores em nossos territórios (nas parcelas individuais e nas áreas coletivas), para depois organizar plantios nas cidades, nas praças, canteiros de avenidas, parques.
*Editado por Fernanda Alcântara