Em SP, lançamento do Plano Emergencial tem plantio de árvores e doação de alimentos
Por Coletivo de Comunicação MST/SP
Da Página do MST
Diante o agravamento da crise do capitalismo que atingiu a economia, a política, a sociedade e a natureza e o efeito que a pandemia do coronavírus tem exercido sobre os trabalhadores mais pobres, o MST lançou na sexta-feira (5) o Plano Emergencial da Reforma Agrária Popular em todo o território nacional. O plano apresenta medidas à sociedade relacionadas à produção de alimentos saudáveis para a população, ao movimento do comércio, à garantia de renda e de condições de vida dignas a todos.
Neste contexto de luta, o estado de São Paulo se mobilizou durante todo o dia realizando ações solidárias, plantando árvores e participando de debates sobre a importância de uma reforma agrária popular ao vivo nas redes sociais.
Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis
No assentamento Pirituba (Itaberá) foi dado início à produção de mudas de araucária, uma árvore símbolo da região e que há muito anos está sendo extinta para dar lugar ao pinos e eucalipto. A iniciativa se soma ao Plano Nacional do MST “Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis”, que tem como desafio o plantio de 100 milhões de árvores nos próximos dez anos em todo território brasileiro. No mesmo espaço também aconteceu o plantio de árvores e o cuidado e embelezamento do Bosque das Crianças Sem Terrinha.
No município de Apiaí, a Juventude Sem Terra do assentamento PDS Professor Luiz David de Macedo e do acampamento Ilda Martins também se mobilizaram para realizar o plantio de árvores em volta do açude do acampamento. Os participantes também conversaram sobre a conscientização da necessidade e importância da produção de alimentos saudáveis. O coletivo vem planejando dar continuidade nesse processo de organização e há a projeção de construção de um viveiro de mudas para, futuramente, formar um bosque no local.
Ações Solidárias
Em várias regiões do estado, o MST em São Paulo, por meio de seus assentamentos e acampamentos, distribuiu em torno de 10 mil kg de alimentos saudáveis. A Cooperativa Terra e Liberdade/Regional Grande SP entregou 25 cestas de alimentos ao coletivo de mães do CRUSP (Moradia Estudantil da USP) .
As famílias assentadas nas regionais de Iaras e de Promissão fizeram em parceria a doação de aproximadamente 4 toneladas de alimentos para as famílias do bairro Primavera (Bauru) e para as famílias do território indígena Kopenote (Avaí).
A doação fez parte das ações do MST no combate ao Covid-19 e do anúncio do Plano Emergencial de Reforma Agrária Popular.
Mesmo sob ameaça de Reintegração de posse do assentamento Luiz Beltrame (Gália), as famílias seguem firmes na produção de alimentos agroecológicos e fortalecendo ações de solidariedade de classe.
O assentamento 17 de Abril, localizado em Restinga, doou 1,2 toneladas de alimentos saudáveis para o Projeto Pró Vida, da paróquia São Francisco de Assis, em Franca, beneficiando em torno de 40 famílias.
Já em Jardinópolis, os assentamentos Sepé Tiarajú (Serrana), Mário Lago (Ribeirão Preto) e os acampamentos Paulo Botelho (Ribeirão Preto), por meio da sua brigada Ana Primavesi, e Vanderlei Caixe (Orlândia) doaram mais 1,5 toneladas às pessoas que estão em situação de vulnerabilidade no município no bairro Vila Reis, beneficiando mais de 250 famílias.
Enquanto realizava a ação solidária em Jardinópolis lembrando o papel do campo no enfrentamento à crise, o acampamento Campo e Cidade Paulo Botelho estendeu faixas exigindo a adjudicação de áreas em disputa para fins de reforma agrária popular.
O Acampamento Marielle Vive!, em Valinhos, realizou distribuição de alimentos, partilhando mais uma vez suas produções agroecológicas com os companheiros e companheiras da Ocupação Nelson Mandela, localizada em Campinas.
Fora Bolsonaro
Ainda em Campinas (SP), a cidade amanheceu com o recado de #ForaBolsonaro. Faixas foram estendidas pela Frente Brasil Popular em diversos locais da cidade, como a Avenida Francisco Glicério e na entrada do bairro Barão Geraldo.