No dia do trabalhador rural, MST distribui marmitas solidárias a entregadores de app em Maceió
Por Gustavo Marinho
Da Página do MST
Celebrado no dia 25 de julho, o dia do trabalhador e da trabalhadora rural será lembrado em Alagoas por mais ações de solidariedade organizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Dessa vez o Movimento vai distribuir centenas de marmitas solidárias aos entregadores e entregadoras de aplicativo na capital Maceió, que realizam mais uma paralisação nacional em protesto contra a precarização do trabalho.
Prevista para acontecer durante o período da manhã de sábado (25), a entrega das marmitas solidárias deve ser realizada em diversos pontos de Maceió onde se concentram os entregadores e entregadoras que trabalham com os aplicativos. De acordo com Débora Nunes, da coordenação nacional do MST, a ação é mais uma iniciativa do Movimento em apoio e solidariedade aos trabalhadores e trabalhadoras da cidade.
“Enfrentamos um período repleto de dificuldades e desafios para aqueles que lutam e resistem no campo e na cidade e é fundamental que estejamos juntos e juntas na defesa de uma sociedade mais justa. Prestar solidariedade aos trabalhadores de aplicativo que vivem cotidianamente submetidos a uma lógica de muita precarização do seu trabalho é uma forma de dizer que essa luta também é nossa e que mesmo vivendo no campo, defendemos que todos e todas tenham seus direitos garantidos”, destaca.
As marmitas organizadas pelo MST levam em seu cardápio uma expressão daquilo que os Sem Terra de Alagoas produzem cotidianamente em seus territórios.
Ações de solidariedade em Alagoas
Somente em Alagoas, o MST já doou cerca de 50 toneladas de alimentos no período da pandemia da COVID-19. As doações são destinadas em especial para as comunidades periféricas de Maceió, como forma de estender a solidariedade dos camponeses e camponesas aos que enfrentam o agravamento da fome e da miséria nas cidades.
Além da doação de alimentos, o Movimento também vem realizando entrega de materiais de higiene pessoal e máscaras confeccionadas pelos grupos de artesanato dos acampamentos e assentamentos. Segundo José Neto, da direção nacional do MST, as atividades têm sido uma importante afirmação da posição do Movimento Sem Terra nesse período. “Estamos na defesa da vida das pessoas e dos direitos do povo brasileiro. Com toda a crise que estamos vivendo, a solidariedade é hoje uma fundamental ação política para que possamos atravessar esse momento”, pontua.
De acordo com José Neto, as atividades de solidariedade seguem mobilizando os agricultores e agricultoras em todo o país e em Alagoas não é diferente. “A solidariedade tem sido uma ação constante em nossas áreas de acampamento e assentamento. A produção de alimentos saudáveis que chega na mesa das periferias de Maceió, são resultado dos processos de luta e organização dos trabalhadores e trabalhadoras Sem Terra que, não entregam aquilo que sobra, mas por muitas vezes, o alimento que também fará falta, porém que entende que outros e outras enfrentam situações ainda mais graves na cidade”, explica.
*Editado por Luciana G. Console