Marmita Solidária e ato simbólico acontecem nesta sexta (7) no Rio de Janeiro
Po Clivia Mesquita e Pablo Vergara
Da Página do MST
Como parte das atividades em torno do Dia Nacional de Lutas Fora Bolsonaro acontece, nesta sexta-feira (7), mais uma edição da Marmita Solidária no Rio de Janeiro. A campanha, que envolve diversas frentes do campo progressista, busca denunciar a responsabilidade do atual governo sobre o descontrole da pandemia do novo coronavírus no Brasil.
A ação ocorre a partir das 11h, no Armazém do Campo, localizado na Avenida Mem de Sá, 135, bairro da Lapa. Serão preparadas 300 refeições com alimentos agroecológicos produzidos pela agricultura familiar nos assentamentos organizados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Rio de Janeiro.
A expectativa do Movimento, que conta com cerca de 30 voluntários na organização desta 5ª edição, é atender locais na região central da cidade que concentram um grande contingente de pessoas em situação de rua, como a Rua do Passeio, Arcos da Lapa e Cruz Vermelha.
Para Luana Carvalho, dirigente nacional do MST no Rio de Janeiro, defender melhores condições de vida e sobrevivência na pandemia passa pelo entendimento de que o atual governo promove a morte. “Nossa ideia com a Marmita Solidária sempre foi casar a solidariedade, produzindo refeições que possam alimentar a população mais vulnerável, com a nossa luta política sobre o que de fato provoca esse descontrole da pandemia, o desemprego e a fome, que são as ações do governo Bolsonaro”, pontua.
“Precisamos dizer que esse governo é genocida e a falta de políticas públicas e o desinvestimento em saúde é o que está gerando essa atrocidade. As mortes fazem parte de decisões políticas do governo diante da pandemia”, completa Luana.
Além do MST, também constroem a iniciativa “Marmita Solidária” o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Levante Popular da Juventude, Articulação de Agroecologia do Rio de Janeiro (AARJ), Movimento das Trabalhadoras e Trabalhadores por Direitos (MTD), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe), Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES), União da Juventude Socialista (UJS), Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, Sindicato dos Trabalhadores do Comércio do Rio de Janeiro e a Frente Brasil Popular (FBP).
Do luta à luta
Prestes a chegar na triste marca de 100 mil mortes, a pandemia atinge de forma ainda mais violenta a classe trabalhadora, agravando, inclusive, a letalidade entre a população mais vulnerável. Além da produção das marmitas, a ideia do Dia Nacional de Lutas Fora Bolsonaro no Rio de Janeiro é realizar ações descentralizadas e sem aglomerações para evitar a disseminação do vírus.
Com o lema “Do Luto à Luta! Fora Bolsonaro!”, a próxima sexta-feira também será marcada por um ato simbólico, às 16h, no Monumento dos Pracinhas, no Aterro do Flamengo, com cruzes e velas representando as mortes por COVID-19 no país. O objetivo da ação é prestar homenagem às vítimas.
*Editado por Luciana G. Console