Ato político e cultural celebra os 15 anos da ELAA
Da Página do MST
No próximo dia 27 de agosto um ato político e cultural marca os 15 anos da Escola Latino Americana de Agroecologia (ELAA).
Na ocasião, também acontecerá o lançamento do próximo curso do ELAA: Questão Agrária, Cooperação e Agroecologia, que será realizado em parceria inédita com a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae).
O ato de celebração será on-line e contará com as presenças de João Pedro Stedile, da direção nacional do MST, representantes da FNAE, educandos e artistas convidados.
Sobre o ELAA
A ELAA está localizada no assentamento Contestado, na Lapa (PR), a 70 quilômetros de Curitiba.
A escola, que é uma proposta da Via Campesina, surgiu a partir de uma articulação mundial de movimentos camponeses realizadas em 2005 durante o Fórum Social Mundial em Porto Alegre.
O projeto inicial abarcava dois centros de formação, um no Brasil e outro na Venezuela, que também se consolidou – é a IALA (Instituto de Agroecologia Latino-Americano) Paulo Freire.
Existem outros IALAs: o Guarani, no Paraguai, um no Chile, voltado para as mulheres, e outro na Colômbia, inaugurado esse ano – além de experiências no Equador, Guatemala e Argentina.
A experiência da ELAA se insere no contexto na luta pela Reforma Agrária Popular, a partir das dimensões da conquista do território e da organização da produção, cooperação, educação, saúde e na construção de tecnologias alternativas ao modelo de agricultura excludente e capitalista do agronegócio.
O processo formativo dos educandos da ELAA é organizado com base nos princípios da Educação Popular do Campo, que se divide em tempo-escola, com a vivência dos aprendizados teóricos entre as turmas.
Simone Aparecida Rezende, da coordenação pedagógica do MST, explica que a proposta de educação da ELAA se divide em três eixos – acesso ao conhecimento científico, conhecimentos populares e troca de saberes entre os povos da América Latina – e está calcada na pedagogia do oprimido de Paulo Freire e no materialismo histórico.
“Brincamos que formamos ‘militantes-técnicos-pedagogos’ em agroecologia, porque educação e agroecologia não podem estar desvencilhadas”, conta Simone.
No período entre 2005 e 2013 a ELAA formou três turmas de graduação de Tecnologia em Agroecologia, somando 120 educandos e educandas graduados.
Ato Político e Cultural ELAA
Quando: 27 de agosto
Horário: 14h às 16h
Local: Redes oficiais do Movimento Sem Terra (MST) e da ELAA
*Editado por Fernanda Alcântara