Ato de encerramento das atividades da Brigada Zilda Ramos
Da Página do MST
Desde o dia 22 de abril, militantes dos acampamentos e assentamentos de São Paulo se revezaram para fazer ações de solidariedade na capital paulista.
Distribuímos 27 mil marmitas para pessoas em situação de rua e estrangeiros desempregados. Formamos a turma de agentes populares de saúde na ocupação dos estrangeiros junto com médicos e médicas populares.
Cestas e alimentos da reforma agrária e livros da Expressão Popular foram distribuídas para comunidades periféricas em 10 localidades, envolvendo a Gaviões da Fiel, CAMI – Centro de Atendimento ao Migrante, Rede Rua, Entregadores e Entregadoras Anti-Fascistas, e outros.
Nos somamos e construímos as campanhas “Lute como Quem Cuida”, “Periferia Viva” e “Vamos Precisar de Todo Mundo”. Firmamos parceria com a prefeitura de São Paulo e contamos de maneira ativa com a contribuição do Armazém do Campo, das nossas associações e cooperativas do interior e do nosso povo Sem Terra das 10 regionais onde o MST está organizado no estado.
Contamos com o apoio dos amigos e amigas do MST que contribuíram com nossas campanhas de arrecadação financeira, com EPIs, cobertores e agasalhos. Uma corrente de solidariedade e compromisso de classe.
Este ato, realizado na última sexta (28), marca o encerramento desta fase da brigada, mas as ações de solidariedade seguem no interior com muita força e vinculadas à organicidade das regionais e ao plano emergencial da Reforma Agrária Popular.
No processo cotidiano da Brigada, estudamos, aprendemos com as oficinas, dialogamos com psicólogos populares, cantamos, fizemos poesia e nos confraternizamos. Temos orgulho de ter alfabetizado alguns membros da Brigada que não sabiam ler e escrever e também encorajamos uma companheira a se libertar da violência doméstica.
Na capital, construímos muitas relações e reafirmamos nosso vínculo com o povo e a transformação radical de uma sociedade que nos mata de diferentes formas. Fica o desafio do trabalho de base para avançar na organização e na construção do poder popular.
Nosso reconhecimento à toda militância que ajudou a construir o trabalho da Brigada e nossa homenagem à companheira Zilda Camargo Ramos, primeira militante do MST a falecer pela COVID-19. À ela e a todos e todas brasileiros e brasileiras que se foram, nos comprometemos a lutar sempre.
Direção Estadual do MST-SP