Em meio à alta de preços, arroz orgânico do MST segue a preço justo
Por Maiara Rauber
Da Página do MST
O arroz orgânico do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no Rio Grande do Sul, vai além da produção para a subsistência, existem valores que são seguidos pelos assentados. “Nós temos a agroecologia que nos guia. Ou seja, preservamos o meio ambiente, nosso solo, a nossa água, pois sabemos que somos passageiros, e que a próxima geração também precisa dessa terra”, afirma Emerson Giacomelli, da direção da Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap).
Outro ponto importante a ser citado, de acordo com o Sem Terra, é o cuidado que os camponeses da Reforma Agrária têm com a saúde, a partir de sua produção. Tanto do produtor, quanto do consumidor.
O MST se preocupa e respeita os seres humanos e os recursos naturais. Nesta pandemia, os pilares que guiam os assentados e acampados são as doação de suas produções e o plantio de árvores. É a forma que os Sem Terra encontraram de seguir lutando, contra o desmatamento, o alto índice de agrotóxico liberado pelo atual governo, a fome e a crise sanitária que tão fortemente atinge os brasileiros.
Só na última safra foram colhidas 15 mil toneladas de arroz orgânico, sendo que várias destas foram destinadas para doações desde o início da pandemia do Coronavírus. Participam da produção do alimento 364 famílias, de 14 assentamentos, situadas em 11 municípios gaúchos.
Enquanto o maior produtor de arroz orgânico, realiza diversas ações de solidariedade no estado, e mantém o valor do seu produto justo, as grandes empresas e os monopólios que controlam o comércio aumentam o preço.
Conforme Giuliano Ferronato, diretor de operações da Corretora Mercado, filiada a Bolsa Brasileira de Mercadorias o principal fator que levou a alta dos preços do arroz foi a exportação. “O arroz brasileiro no mercado internacional estava muito mais barato do que de outros países” declara. Ele ainda menciona, que somente neste ano, o Brasil exportou 1 milhão e 100 mil toneladas de arroz, um aumento de 20% em relação ao ano passado.
O governo brasileiro não tem nenhum controle sobre o comércio de arroz para fora do país na exportação do alimento. “Não tem uma taxação desse produto quando é destinado para exportação, e importação ele tem sim. Hoje o arroz fora do bloco Mercosul é taxado em 12% em casca”, pontua Ferronato.
Segundo Nilton Cesar de Oliveira, técnico do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA) outro fator que contribui é a falta de estoque regulador do governo, e com isso o aumento da exportação do arroz, impactando no estoque.
Portanto vale ressaltar a importância da agricultura familiar e da Reforma Agrária. “Valorizamos toda a cadeia produtiva. Ou seja, quem produz, beneficia, transporta, revende até chegar no consumidor com um preço que seja possível adquirir” simplifica Giacomelli.
Arroz orgânico do MST: nossos locais
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*Editado por Maura Silva