Jovens de assentamento no RN colaboram com campanha do MST de plantar 100 milhões de árvores
Por Por Erica Rodrigues e Matheus Mendes
Da Página do MST
O Plano Nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis, tem como desafio principal realizar o plantio de 100 milhões de árvores nos próximos dez anos, em todo território nacional. A juventude do MST, nacionalmente, é protagonista desse processo e vem construindo atividades em todo o país: ações de solidariedade, distribuição de alimentos, produção de arte/cultura, confecção de viveiros e mudas nessa perspectiva do Plano.
Na região Nordeste, especificamente no estado do Rio Grande do Norte, não é diferente. Por aqui, a juventude do Assentamento Oziel Alves, localizado na zona rural de Mossoró (RN), coloca a mão na massa desde setembro na construção de um viveiro florestal com espécies nativas e frutíferas da Caatinga.
Além da instalação propriamente dita, os 11 jovens realizam semanalmente estudos sobre: agroecologia, agrofloresta, Caatinga, manejo sustentável, beneficiamento de sementes, a história do MST e a questão agrária, além dos temas relacionado a arte e a cultura, como teatro, poesia, música, que fazem parte do nosso Plano de Formação.
O coletivo de Juventude do MST no estado planeja dar continuidade ao processo de organização e a construção de um viveiro de mudas com o objetivo de comercialização, trabalho e renda, embelezamento das nossas áreas e recuperação de áreas degradadas, na defesa dos territórios.
Projeto do viveiro despertou a vida em comunidade e a união de gerações
Segundo Bia (jovem de 15 anos): “ O viveiro trouxe outra cara para o assentamento, está sendo maior legal essa experiência. Antes a gente ficava nas tarefas de casa e indo à igreja aos domingos. Hoje, a gente tem uma ocupação para fazer, e vamos mostrar aos adultos que a gente tem algo produtivo para ocupar a mente, e somos sim, responsáveis”.
Os jovens trabalham nos dias de semana e no final de semana estudam. Em poucos meses, o viveiro tem demonstrado uma mudança na rotina dos jovens, isso é comprovado nos relatos dos pais e das demais famílias do assentamento.
Segundo Daniele, mãe de Vitória, (16 anos): “Quando amanhece o dia eu já me levanto preocupada, porque tenho que acordar Vitória para ir cuidar do viveiro”.
O sonho da Juventude do assentamento Oziel Alves, (não é a toa que carrega esse nome), também é o sonho dos homens e mulheres que constroem a Reforma Agrária Popular cotidianamente.
*Editado por Ludmilla Balduino