Mulheres Sem Terra
Mulheres Sem Terra realizam protesto na sede da Camil, em São Paulo
Da Página do MST
Sob o lema: “Mulheres pela vida, semeando resistência, contra a fome e as violências”, um grupo de mulheres realizou uma ação de denúncia na manhã desta segunda-feira (8), na sede da empresa Camil, em São Paulo.
Durante a ação, além da luta contra todas formas de opressão e violência, as mulheres pautaram a necessidade e a urgência da vacinação para todas e todos os brasileiros, a manutenção do auxílio emergencial e o aumento do preços dos alimentos e da pobreza.
Há mais de um ano o Brasil e o mundo vêm sendo atingidos pela pandemia do novo coronavírus. Até o momento, mais de 260 mil brasileiros perderam a vida em um país governado por um genocida. Sem vacina, sem perspectiva e sem rumo, além da maior crise sanitária do século, o país tem que enfrentar o negacionismo, a falta de competência e de humanidade de Jair Bolsonaro e seus asseclas.
Essa mistura nos levou a uma crise econômica que se agrava a cada dia, com uma taxa média anual de desemprego de 13,5% em 2020, a maior já registrada desde o início de 2012, isso corresponde a cerca de 13,4 milhões de pessoas na fila por um trabalho no país.
Diante disso, o aumento dos preços dos alimentos básicos virou rotina. Enquanto isso, as grandes corporações alimentares que controlam o processamento, distribuição e consumo, mesmo sem produzir um único grão de arroz ou feijão continuam aumentado o seu lucro.
Amaioria dos países produtores e exportadores de arroz mantiveram o “estoque regulador”, ou seja, com o aumento da demanda devido à pandemia guardaram parte do que é produzido para garantir o preço e o acesso da população nacional.
Já o Brasil, não realizou o “estoque regulador”, priorizando a exportação. Essa política adotada pelo governo federal atende diretamente aos interesses do agronegócio. Prova disso é que em um ano as ações da empresa Camil valorizaram 92%. No mesmo período, mais de 10 milhões de brasileiros passaram fome. Ou seja, o governo e o agronegócio atuam para garantir lucros as empresas às custas da fome do povo brasileiro.
Diante desse cenário, as ações de luta, mobilização e enfretamento são urgentes e necessárias, mulheres pela vida, semeando resistência, contra a fome e as violências!
Diversas outras atividades serão realizadas nessa segunda em todo o Brasil, entre elas, ciclos de formação e de conversa, revitalização de jardins e bosques da biodiversidade, plantio de árvores, doação de sangue, distribuição de marmitas e doações de alimentos e produtos de higiene.
O MST reitera que todas as ações do calendário de lutas estão sendo realizadas com uma quantidade reduzida de pessoas e com constante manutenção dos protocolos de saúde, higiene e segurança.