Violência no Campo

CPT protocola pedido a Fux por reativação do Fórum de Assuntos Fundiários do CNJ

Documento relembra os 46 anos de trajetória da CPT, acompanhando os conflitos no campo, bem como os povos do campo, das águas e das florestas e seus territórios

Da CPT

Na terça-feira (16), a Comissão Pastoral da Terra (CPT) protocolou no CNJ um pedido para a reativação do Fórum de Assuntos Fundiários do Conselho. De acordo com o documento, a CPT se preocupa com “a paralisação da Política Nacional de Reforma Agrária, da demarcação de terras Indígenas e titulação de territórios Quilombolas, assim como as novas legislações e regulamentações que agudizam a vulnerabilidade dos povos da terra e do território. Cabe ressaltar que esses povos esperam há décadas a materialização da democratização da terra e a implementação de políticas públicas para plena realização da vida em equilíbrio com a natureza”.

O documento relembra os 46 anos de trajetória da CPT, acompanhando os conflitos no campo, bem como os povos do campo, das águas e das florestas e seus territórios. É importante destacar que a permanência dos conflitos e a falta de uma Política eficaz de reforma agrária, reforçam a violência praticada contra as comunidades, através de expulsões, ameaças e assassinatos. O Fórum se faz necessário, principalmente nesse momento de maior vulnerabilidade das comunidades do campo.

No ofício, a CPT destaca ainda, que acredita “ser o espaço do Fórum um vetor importante na defesa da vida por meio da atuação para pacificação dos conflitos e estabelecimento da paz nesses territórios de vida, consonante às atribuições previstas no artigo 2° da Resolução 110, com destaque para o inciso VIII – A realização de medidas concretas e ações coordenadas com vistas ao combate da violência no campo e nas cidades, à regularização fundiária, à pacificação social, à garantia do direito de propriedade e da posse, ao respeito ao Estado de Direito, bem como à defesa do direito à moradia digna e do acesso à propriedade rural”.