Fora Bolsonaro
Dia Mundial da Saúde em defesa da vida!
Da Página do MST
Comemorado no dia 7 de abril, o Dia Mundial da Saúde será marcado por atos simbólicos realizados por movimentos sociais e entidades do campo popular em luto pelas mais de 333 mil mortes pela Covid-19 no Brasil, em defesa da vida, do Sistema Único de Saúde (SUS) e por vacinação para toda a população.
Durante o ato serão mostradas cruzes simbolizando as vítimas de Covid-19. A orientação é para que todas as pessoas façam o uso de máscaras e mantenham o distanciamento social, como prevenção ao contágio do vírus. Militantes que receberem a vacina também manifestarão seu apoio com cartazes e palavras de ordem em contribuição às mobilizações.
O protesto conta com o apoio de entidades, movimentos sociais, centrais sindicais e partidos políticos progressistas que também promoverão ações semelhantes em vários estados do país, ressaltando a importância do auxílio emergencial de 600 reais, para que o povo não padeça do novo coronavírus, nem de fome durante a pandemia.
Devido a campanha de vacinação lenta e as poucas medidas efetivas de restrição de circulação de pessoas, agravadas pela ausência de auxílio para trabalhadoras(es) do campo e da cidade, o Brasil já registrou o total de 332.752 de vítimas fatais até esta segunda.
Na última semana o país registrou média diária superior a 2.800 mortes, com um recorde de 3.860 óbitos registrados em 24 horas na quarta-feira.
O Brasil é o pior país na gestão da pandemia, com o segundo maior número de mortes no mundo. E pode superar o recorde dos Estados Unidos de mais de 5 mil óbitos por Covid-19 por dia.
Especialistas avaliam que esta tragédia sanitária pode alcançar mais de 500 mil mortes ainda no primeiro semestre. Atualmente, o Brasil já é responsável por uma em cada quatro mortes no mundo pelo coronavírus.
MST em defesa do SUS, pela vacinação universal, contra a fome e pela vida!
Desde o início da pandemia, frente a falta de um pacto federativo em combate ao Covid-19, o MST vem realizando diversas ações para que o povo se mantenha vivo. Principalmente contra o coronavírus, as violências promovidas pelo Estado genocida e a fome que se alastra pelo Brasil.
Entendendo que o alimento também é um remédio, essencialmente contra a pandemia da fome, já foram mais de 4 mil toneladas de alimentos da agricultura familiar camponesa doados para famílias carentes. E milhares de Agentes Populares de Saúde foram formados em todo o país, auxiliando comunidades nos cuidados de prevenção da saúde popular em tempos de pandemia.
Leka Rodrigues, que é coordenadora do Setor de Saúde do MST e foi uma das pioneiras na formação de Agentes Populares de Saúde, menciona a importância de visibilizar as bandeiras de luta pela vida e em defesa do SUS de forma permanente e especialmente neste Dia Mundial da Saúde, em luto e luta.
“Vemos o SUS como fundamental para combater a pandemia do Covid-19, e também é uma forma de estar garantindo a vacinação para todos e todas no Brasil. No qual, esse governo não enxerga a população como prioritária neste momento difícil que o país está passando”, analisa Leka.
*Editado por Fernanda Alcântara