Solidariedade

Movimentos sociais do campo doam cestas agroecológicas aos trabalhadores urbanos

Foram doadas 150 cestas de alimentos agroecológicos da agricultura camponesa, para diversas organizações urbanas de Aracaju (SE)
Doação de 150 cestas de alimentos agroecológicos marca os 25 do Massacre de Eldorado, no Sergipe.
Foto: Paulo Evangélista/Cáritas

Por Luiz Fernando
Da Página do MST

No último dia 17 de abril, em meio a Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, marcada este ano, pelos 25 anos do Massacre de Eldorado do Carajás, os movimentos sociais que compõem a Via Campesina e a Rede Sergipana de Agroecologia realizaram um ato de solidariedade na Comunidade Bom Pastor, no Bairro Santos Dumont, em Aracaju, Sergipe.

Durante o ato foram doadas 150 cestas de alimentos agroecológicos da agricultura camponesa para diversas organizações urbanas como a Comunidade Bom Pastor, Associação dos Aliados pelo Verso (ALPV), Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos (MOTU), Cáritas e a Associação de Pescadores.

O ato de solidariedade também foi um momento para resgatar a memória dos 21 trabalhadores Sem Terra vítimas de um dos maiores massacres já realizados no campo e denunciar sua impunidade – o Massacre de Eldorado do Carajás, que ocorreu em 17 de abril de 1996, no Pará.

Da mesma forma, a atividade foi uma denúncia ao momento de profundo retrocesso que atravessamos com o governo genocida que se instalou no país e potencializou os efeitos devastadores da pandemia da Covid-19, com a morte de mais de 350 mil pessoas. O desmantelamento das políticas públicas da agricultura familiar, da agroecologia e de segurança alimentar e nutricional expõe a sociedade à pobreza e ao aumento nos índices de insegurança alimentar, com a fome retornando aos lares de muitos brasileiros e brasileiras.

Foto: Paulo Evangélista/Cáritas

Tomados por grande emoção, as representações dos movimentos sociais do campo Sergipano manifestam a sua força, resistência e confiança no fortalecimento de formas de produção e consumo de alimentos, que respeitem a biodiversidade local, promovam a saúde coletiva, garantam a justiça social e preservem a nossa cultura.

*Editado por Solange Engelmann