Reconhecimento
Escolas do MST são apontadas como exemplo de educação pública na pandemia
Da Página do MST
Um estudo intitulado “A educação pública tem qualidade: cinco lições de sete países de renda baixa e média” foi apresentado em evento anual do Banco Mundial nesta última terça-feira (28/9). Entre exemplos do mundo todo, o Consórcio Global sobre Privatização da Educação e Direitos Humanos (PEHRC), do qual a Campanha Nacional pelo Direito à Educação faz parte, escolheu no Brasil as escolas do MST.
O reconhecimento mostrou para o mundo que a educação pública tem qualidade, como afirma o estudo: “as escolas do MST mostram como cidadãos aprendem sobre seus direitos e como monitorar políticas e demandas por direitos sociais e educacionais.”
“No Brasil e na Índia, grupos historicamente excluídos estão se mobilizando em iniciativas que têm como objetivo a inclusão social e a igualdade. A educação visa promover a participação cidadã para a garantia de direitos, com foco nas pessoas mais vulneráveise marginalizadas”, diz o documento sobre as escolas do MST e do Projeto Muskaan, da Índia.
Durante o reconhecimento foi destacada também “o engajamento local com políticas e advocacy, nas quais pais, alunos e comunidades aprendem sobre e exercem seus direitos, diagnosticam ativamente problemas, buscam soluções e interagem com outras partes interessadas para promover mudanças”.
Nesse sentido, o documento aponta que a relação das comunidades na construção dos processos educativos são fundamentais. E o MST tem conseguido desenvolver historicamente essa relação. “As comunidades escolares se mobilizaram para melhorar as escolas locais, o que envolveu o engajamento das autoridades municipais para garantir um melhor financiamento.”
Vários especialistas em educação da academia e da sociedade civil foram consultados para a construção do documento. Os exemplos foram selecionados por meio de pesquisa documental e entrevistas preliminares, chegando a sete casos de Bolívia, Cuba, Equador, Namíbia e Vietnã, além do MST no Brasil, e do Projeto Muskaan, na Índia. Em todos os casos, foram analisados os dados do ensino secundário, disponíveis antes da Covid-19. Foram 13 organizações da sociedade civil e quatro acadêmicos que revisaram os casos.
Na conferência de apresentação do estudo estiveram presentes Koumbou Boly Barry, relatora Especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Direito à Educação, e Jaime Saavedra, diretor-sênior de prática global da educação do Banco Mundial. Contou também com a participação da Helena Rodrigues, pela Campanha, e Marina Avelar, membro da Rede da Campanha, que participou do debate como pesquisadora consultora responsável pelo estudo.
Acesse aqui o resumo do estudo
Acesse aqui (em inglês) o estudo completo
*Editado por Fernanda Alcântara