Para celebrar legado de Marighella, BA realiza Acampamento da Juventude Campo e Cidade

Por Gustavo Marinho
Da Página do MST

Jovens de todo o estado da Bahia realizam entre os dias 05 e 06 de novembro o Acampamento da Juventude Campo e Cidade. A atividade que deve reunir a juventude de diversas organizações populares do estado ocorre no assentamento Jacy Rocha, no extremo Sul baiano, mesma área que recebe no próximo sábado (06) o lançamento do filme “Marighella”, de Wagner Moura.

De acordo com Kaline Cruz, do Coletivo de Juventude do MST na Bahia, a atividade é realizada em um período que exige a organização dos jovens no campo e na cidade.

“Estamos vivendo uma série de retrocessos no Brasil com o governo Bolsonaro. Retrocessos que atingem o conjunto da classe trabalhadora e diretamente a vida dos jovens”, ressaltou a jovem que integra a coordenação do Acampamento.

Além dos jovens dos acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária na Bahia, o encontro contará com a presença de jovens de partidos, sindicatos, movimento estudantil, jovens indígenas e quilombolas.

A programação conta com uma série de debates em sua programação e rememora a história de Carlos Marighella, o revolucionário baiano que tornou-se referência na luta contra a ditadura militar no Brasil.

“O exemplo de Marighella nos serve como fonte de inspiração, tanto para as lutas diárias que estamos construindo, quanto para as necessidades de luta e organização para o próximo período”, sinalizou.

Com o lema “A Juventude quer viver, derrubar o presidente e ver o povo no poder!”, o Acampamento Campo e Cidade deve receber 500 jovens de todas as regiões do estado que também se somam ao ato em defesa da Reforma Agrária e do lançamento do filme “Marighella” no assentamento.

“É preciso não ter medo!”

O Acampamento da Juventude ocorre ainda no período em que famílias Sem Terra foram surpreendidas no último domingo (31) por dezenas de homens que atiraram em direção ao Assentamento Fábio Henrique, no município do Prado, também no Extremo Sul da Bahia. Além dos disparos, dois ônibus foram queimados e casas na área foram depredadas.

“Vivemos um período profundo de crises generalizadas, que exige que nos preparemos e organizemos com toda criatividade possibilidades de ‘contra atacar’”, destaca o material de convocação do Acampamento da Juventude Campo e Cidade. 

*Editado por Fernanda Alcântara