Educação
Escola Milton Santos de Agroecologia recebe certificação de produção orgânica
Por Equipe de comunicação da Escola Milton Santos
Da Página do MST
Nesta última quarta-feira (15), a escola Milton Santos recebeu o certificado de produção orgânica. A entrega da certificação aconteceu em reunião do Grupo Libertação Camponesa da rede de agroecologia Ecovida, que ocorreu no próprio espaço da escola, em Maringá-PR.
Localizada há 19 anos em Maringá, a escola Milton Santos tem sido um espaço de produção de conhecimento em agroecologia, contribuindo no debate de transição de um modelo produtivo com base na preservação da natureza, respeitando relações sociais justas.
“A certificação consolida um processo longo de construção da agroecologia neste território construindo práticas e alternativas para pensar uma agricultura sustentável, com dignidade, e geração de renda.” afirma Antonio Kanova, coordenador da escola.
A escola é fruto do trabalho coletivo dos acampados(as) e assentados(as) da região diversas regiões noroeste do Paraná que se organizavam em mutirões para construir e ressignificar o território.
Daniela Calsa, coordenadora do núcleo Libertação Camponesa da rede Ecovida, afirma ainda que “o processo de certificação da escola se deu através de várias mãos que iniciaram a construção da escola e seus processos de fazer agroecologia”.
Calsa afirma ainda que a Rede Ecovida enquanto organização se sente muito feliz de estar organizado junto com a escola Milton Santos proporcionando este momento de conquista da certificação da produção.
Conhecendo a escola
A escola Milton Santos está localizada em Maringá, no Paraná, desde de 10 de junho de 2002, através de uma concessão entre prefeitura municipal, Universidade Federal do Paraná e MST, sobre a permissão de utilização da área.
Ao longo dos seus 19 anos, a escola tem se concretizado como um espaço de produção do conhecimento voltado para a produção agroecológica promovendo cursos, capacitações, encontros que debatam e fortaleçam a produção de alimentos de maneira sustentável.
Anterior à chegada da escola, a área estava abandonada sofrendo por anos com escavação e retirada de solo e pedra para construção. Este processo deixou o terreno acidentado e infertil. A escola se constitui realizando a recuperação da área através de práticas agroecológicas de recuperação de solo.
A escola realizou 5 turmas de técnicos em agroecologia em parceria com IFPR Campo Largo, curso pedagogia para educadores do campo em parceria com a UEM, curso de especialização de jovens e adultos, PRONATEC-Campo IFPR Paranavaí, 12º e 13º Jornada de Agroecologia, em Maringá.
A EMS se constitui portanto, sendo um espaço de formação e capacitação a fim de promover a formação de jovens e adultos para a construção de um projeto soberano de nação, de reforma agrária e de produção de alimentos que preservem a natureza.
*Editado por Fernanda Alcântara