Produção

Você conhece a Chaya? Mulheres do MST juntam saberes e sabores sobre essa PANC

Há sete anos, Empório da Chaya reúne amizade, culinária e histórias da luta pela terra
Mulheres do MST conquistaram autonomia e geração de renda por meio da Chaya. Foto: ASPTA
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Por Pedro Stropasolas
Do Brasil de Fato

A união se deu através de uma planta com enorme valor nutricional. É a chaya, ainda pouco consumida, mas muito amada por quem a conhece.

Chaya no ambiente

Mas nem sempre foi assim. Antes da formação do coletivo, o território passava por um período de seca e baixa produção, e por sorte e pelo conhecimento adquirido por elas, a chaya facilmente se adaptou. E mudou esse paradigma.

“[A chaya] é muito resistente, tanto é que a gente faz a poda,  porque ela dá uns galhos muito frágeis. Então você precisa manter a poda para fazer a colheita sem perder a planta Então você coloca ela lá no cantinho e ela já está brotando ali por si só”, explica a culinarista Áurea Andréa, idealizadora do Empório Chaya. 

Maria Lúcia também é integrante do coletivo desde o seu início. A agricultora foi a primeira do grupo a preparar o bolo de Chaya e garante: todo mundo gostou.

Lançamento

Para marcar os sete anos de formação do grupo, o caderno Empório da Chaya: Memórias, História e Receitas acabou de ser lançado. As receitas saborosas e verdinhas podem ser facilmente preparadas em casa. Andrea destaca a crepioca.

Cuidados

Agora é bom lembrar algumas contraindicações para o consumo da chaya. A planta, que foi trazida da América Central ao Brasil não é recomendada para pessoas com baixo índice de açúcar no sangue, a hipoglicemia, e nem para quem apresenta doenças renais crônicas.

Quanto à dosagem para o uso medicinal, o consumo não pode passar de cinco folhas diárias e atenção: ela também não pode ser consumida crua. Por ser da família da mandioca, é considerada tóxica, e precisa de uma fervura de pelo menos 5 minutos. 

De resto, é só aproveitar desse “superalimento”.

Edição: Daniel Lamir/ Brasil de Fato