Marielle Vive
MST participa de sarau “Justiça por Marielle e Anderson”, em São Paulo
Da Página do MST
Há quatro anos, a mulher negra, vereadora, militante social e ativista dos direitos humanos Marielle Franco foi brutalmente assassinada junto a Anderson Gomes. Nesse dia 14 de março de 2022, diversos movimentos e organizações se reuniram no Largo da Batata em São Paulo para relembrar, homenagear e cobrar justiça aos companheiros Marielle e Anderson.
Patricia Alves, da direção estadual do MST, esteve no ato representando o MST e relembrou a Jornada Nacional de lutas das mulheres do MST e como a história de Marielle Franco se tornou uma semente das lutas do povo, simbolizada também no acampamento Marielle Vive, em Valinhos, interior de São Paulo.
“Nós, mulheres do MST, estamos vindo de uma Jornada de Lutas, denunciando a indústria do veneno, denunciando o descaso em relação a reforma agrária e para nós é importante, também, relembrar Marielle e denunciar seu assassinato. A camiseta do nosso acampamento Marielle Vive diz: “Tentaram nos enterrar, mas não sabiam que éramos sementes”.
Patricia seguiu defendendo que o acampamento Marielle Vive tenta ser o enraizamento de uma das sementes de Marielle Franco. “Lá, 450 famílias, e cerca de 150 crianças todo dia constroem sonhos, poemas e poesia, através do trabalho, de uma horta coletiva, e de doação de alimentos para a população de Valinhos e região”.
Ela também também denuncia a possibilidade de despejo do acampamento, que está ameaçado a partir do dia 31 de março, quando tem fim a suspensão dos despejos determinada pelo STF, estabelecida pela ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) 828. “Hoje a gente vem aqui também denunciar o despejo criminoso! Não nos arrancarão dos nossos territórios!”
O ato contou ainda com diversas apresentações culturais, projeções, música e falas combativas. Confira algumas fotos!
*Editado por Fernanda Alcântara