Educação

Escolas do campo de Piratini reivindicam transporte na Seduc em Porto Alegre

Mais de 340 alunos estão impossibilitados de retornar às aulas presenciais devido ao descaso do poder público
Educadores e educandos de escolas do campo de Piratini reivindicam direitos na Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul. Foto: Maiara Rauber

Por Maiara Rauber
Da Página do MST

Na manhã desta terça-feira, dia 26, pais, educadores e educandos de escolas do campo de  Piratini, da região Sul do Rio Grande do Sul, se deslocaram até Porto Alegre, na Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul (SEDUC). O intuito da ação é reivindicar, novamente, o direito ao acesso do transporte escolar público, visto que no município de Piratini as escolas estaduais do campo estão em atividades remotas, impedidas de iniciar as aulas presenciais por falta da prestação desse serviço básico por parte do Estado.

A falta de transporte para as escolas do campo no município de Piratini impede que 290 educandos retomem as aulas presenciais. Além disso, na cidade de Santana do Livramento, na região da Fronteira Oeste do estado, mais de 50 alunos do ensino noturno da Escola Estadual de Ensino Médio Antônio Conselheiro também estão sem transporte.

Educadores e educandos de escolas do campo de Piratini reivindicam direitos na Secretaria da Educação do Rio Grande do Sul. Foto: Maiara Rauber

Essa problemática vem ocorrendo há muito tempo, segundo Juliane Soares, do setor de Educação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no RS. “Infelizmente é um problema recorrente que está presente em todo início de ano letivo. Pedimos agilidade nessa pauta, pois a não garantia do transporte escolar por parte do Estado fere o direito ao acesso à educação pública, e como já mencionado, hoje centenas de estudantes estão com esse direito negado”, salienta a educadora.

Guilherme Corte, diretor geral da Seduc, conversou com os presentes e informou as ações já tomadas pela organização. De acordo com ele, nos próximos 20 dias a situação deve ser regularizada e as localidades que não possuem transporte terão ônibus disponíveis para o deslocamento dos educandos.

No entanto, esse retorno não confortou a comunidade escolar. Por isso, um dos representantes das escolas se dirigiu até o Ministério Público Estadual, onde foi recebido pela promotora Luciana Cazarotto, o qual cobrou que o MP tome uma providência jurídica em relação ao descaso do Estado com as escolas do campo.

*Editado por Fernanda Alcântara