Formação
Curso para formadoras e formadores do MST aborda conjuntura e trabalho de base
Da Página do MST
Para trazer ao debate os desafios e perspectivas da atualidade na educação e formação dentro do MST, a Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) tem realizado desde 16 de maio o Curso Nacional para Formadores e Formadoras do MST. Ao todo, são 96 militantes de 21 estados compartilhando considerações para fortalecer a formação, como um dos pilares e princípios organizativos do MST.
Geraldo Gasparine, do Setor de Formação do MST, afirma que o espaço tem o propósito de formar militantes, dirigentes e quadros capazes de analisar e transformar a realidade dos Sem Terra. “Mais do que um curso, este é um programa de formação do MST. O objetivo fundamental desta mobilização é poder fortalecer a estratégia de multiplicar formadoras e formadores no conjunto de ações da formação no Movimento”.
O último período, marcado pela pandemia, trouxe novos modelos de organizar o estudo, o debate e a reflexão a partir de plataformas virtuais. Porém, apesar da ENFF atuar em diferentes linguagens e metodologias para evitar o contágio da Covid-19, a escola retomou alguns processos formativos de maneira presencial para fortalecer o debate, oferecendo condições para os encontros presenciais.
Neste sentido, o Curso para Formadores e Formadoras do MST está sendo realizado presencialmente na intenção de qualificar as práticas formativas que desenvolvemos nos territórios e diferentes espaços do movimento, potencializando a Jornada nacional de Formação e Trabalho de Base e a construção dos Comitês Populares, conta Gasparine.
“O curso contribui nas tarefas e desafios estratégicos deste período, em especial a organização dos Comitês Populares, os trabalhos de base em nossos territórios, no meio popular e urbano, e a organização e formação a partir dos coletivos no estado, nos centros de formação, da nossa concepção e linhas políticas da formação”, afirma.
Ao estabelecer a relação entre a teoria e prática como parte do roteiro metodológico, o curso traz aos participantes um vínculo com a trajetória histórica do Movimento. De acordo com a ENFF, há um esforço permanente de insistir na tarefa de formação, da preparação de militantes e quadros, “de jamais deixar esmorecer a chama e o vigor ideológico da militância”.
“Passamos a primeira semana, cuja a temática foi o debate entorno do MST como força política, e já entramos na segunda semana com a atualização do programa agrário do MST. Na próxima, última semana do curso, vamos aprofundar o debate sobre o trabalho de base e a concepção de formação”, conta Gasparine.
Com esse mesmo grupo, há um planejamento de ir alimentando um processo de formação que incida na construção de um plano de formação para o MST. “Queremos principalmente fortalecer nossa Jornada Nacional de Formação e Trabalho de Base, e as ações nacionais, como o Plano Nacional Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis; a Campanha contra o Vírus e as Violências; e o trabalho da autossustentação, entre outros”, conclui.
*Editado por Solange Engelmann