Ocupações de Terra
MST realiza mais duas ocupações neste final de semana na Bahia
Da Página do MST
Desde o mês de abril, marcado pelas Jornadas Nacionais em Defesa da Reforma Agrária, o MST em todo país e na Bahia vem retomando ocupações de terra para fins da democratização fundiária.
O mês de maio segue com as ocupações que vem acontecendo de forma massiva em diversas regiões da Bahia.
Neste sábado (28), 178 famílias Sem Terra reocuparam a fazenda Mata Verde, em Guaratinga, no extremo sul baiano. Já neste domingo (29), 80 famílias ocuparam área abandonada na região do Recôncavo.
Ao retornarem ao espaço da Fazenda Mata Ver, em que estavam acampadas, as famílias se depararam com um cenário horrível de destruição, com barracos queimados e as plantações destruídas.
A ação tem como objetivo dar continuidade ao processo de denúncia da improdutividade da área e realização de sua desapropriação para fins de Reforma Agrária. Denunciando também a violência causada tanto pelo despejo quanto por pistoleiros.
Retomada do Acampamento Claudia Sena após despejo
A reocupação é fruto de um despejo ocorrido na última quarta-feira (24), em que a polícia militar acompanhada por representantes do poder judiciário local entregaram uma liminar, obrigando a reintegração.
Após o despejo e sem ter para onde ir, as famílias passaram os últimos dias acampadas na beira da estrada do Córrego do Ouro, há 3km da área desocupada. E a partir de então, passaram a sofrer ameaças e rondas de pistoleiros na região, historicamente marcada pela violência no campo.
Eliane Oliveira, da direção estadual do MST na Bahia, informa que as famílias estão aterrorizadas tanto com o despejo quanto com as ameaças que estão sofrendo pelos pistoleiros.
Ocupação no Recôncavo
Na madrugada deste domingo (29), cerca de 80 famílias Sem Terra da brigada Carlos Marighella, ocuparam a Estação Experimental da CEPLAC, no município de São Sebastião do Passe, no Recôncavo baiano.
A ocupação dá continuidade ao processo de denúncia do abandono da área e pauta a sua desapropriação, para fins de Reforma Agrária. A Direção do MST, afirma que essa área já está abandonada há mais de 20 anos, sem nenhuma função social.
*Editado por Solange Engelmann