Arte
Guê Oliveira: “A arte como perspectiva de projeto da sociedade”
Da Página do MST
As mulheres são a força pulsante da história e da vida. No Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, elas se espalham pelo Brasil todo em um mosaico de territórios, culturas e situações sócio-econômicas bastante diversas. Neste fim de semana, elas são maioria no Festival da Reforma Agrária que está sendo realizado neste fim de semana em São Paulo e serão representadas nesta diversidade pelo grupo As Cantadeiras, que se apresenta hoje no Festival.
Márcia, Jade, Guê e Ana, que compõem hoje o grupo, prometem trazer essa potência feminina e feminista através da música, buscando valorizar a memória, a cultura revolucionária e a solidariedade internacional.
Confira abaixo o relato de Guê Oliveira, do grupo As Cantadeiras, que compõe a programação do Festival da Reforma Agrária:
“As Cantadeiras é um grupo incrível de mulheres militantes. Nós, a partir da arte, ocupamos esse lugar também como mulheres, como militantes. Assim como a terra, a arte também nos foi expropriada. Então, cantar é uma forma da gente se apropriar e trazer a perspectiva do nosso projeto de sociedade pra trazer também elementos a partir da arte, da sensibilidade, do processo de formação humana”.
A arte é fundamental no processo de emancipação humana. E nós trazemos esse elemento na nossa música para o Festival da Reforma Agrária, como uma perspectiva do nosso projeto de sociedade, de vida”
“Então, As Cantadeiras trazem esse protagonismo das mulheres, porque a partir do feminismo que vamos poder ter socialismo. Trazer esse protagonismo das mulheres para este Festival é a amostra do que é a Reforma Agrária para além da luta pela terra. Reforma Agrária Popular é uma luta pela igualdade, pela questão de gênero, pela igualdade de direitos, mas também pela essa questão da relação com o meio ambiente de forma equilibrada. Então, por isso, nós da agroecologia cantamos o nosso projeto. É uma forma da gente falar do nosso projeto cantando, trazendo nas nossas canções, para que todos possam entender o que é a nossa reforma agrária popular”.