MST homenageia escritora moçambicana Paulina Chiziane

Da Página do MST

Na última terça-feira (13), o MST se encontrou com Paulina Chiziane, escritora moçambicana que recentemente ganhou o Prêmio Camões de Literatura. A sua obra mais conhecida é “Niketche: uma história de poligamia”, além de “Balada de amor ao vento” e “O alegre canto da perdiz”, entre outras obras.

“O encontro com a Paulina Chiziane foi cheio de mística e reforçou essa relação que temos e é muito importante para nós com o continente africano, pelas nossas brigadas que mantemos durante os últimos anos. Ter a honra de estar ali com uma ganhadora do Prêmio Camões, mulher, negra, africana, foi de grande beleza e deu o tom de emoção para o encontro”, relatou Bantu Augusto Silva, do Grupo de Estudos sobre Questão Étnico-Racial e Questão Agrária do MST.

Paulina cresceu falando Chope e Ronga, duas das inúmeras línguas que se fala em Moçambique. Nasceu na província de Gaza, e na juventude lutou na Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique).

Durante o jantar, Paulina, na beleza de seus 67 anos, encantou a todos e mostrou de onde vem a força de sua literatura: da sua sabedoria. Contou belas histórias e também pôde ouvir as histórias do MST, contadas pelos militantes presentes. Foi um encantamento mútuo. “O encontro foi permeado de emoção tanto da nossa parte como da parte dela, que pôde rever o MST e entender mais de perto nossas ações. Foi muito bonito!”, destacou Bantu Augusto.

Paulina veio ao Brasil para uma atividade internacional a convite da professora Maria Cristina Vidotte, que junto com o advogado Cézar Brito organizaram esse encontro. Ao final do jantar, o MST entregou a Paulina uma cesta de produtos da Reforma Agrária.

*Editado por Fernanda Alcântara