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Mulheres Sem Terra denunciam repressão a atos de Jornada Nacional de Lutas
Da Página do MST
Em mobilização por todo país, a Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra já mobiliza 22 estados e o Distrito Federal, com marchas, ocupações de terras e órgãos públicos e uma série de acampamentos pedagógicos. Em pelo menos três estados, Rio Grande do Sul, Pará e Piauí, houve casos de repressão do aparato policial e seguranças privados contra as mobilizações.
O caso mais emblemático ocorreu em Belém, quando as Mulheres Sem Terra foram duramente reprimidas pela Polícia Militar, ao se aproximarem da Assembleia Legislativa do Pará para negociarem suas pautas. A PM, sob ordem do presidente ALEPA, utilizou spray de pimenta e força física contra as manifestantes. Pelo menos uma das participantes do ato precisou ser hospitalizada.
As Mulheres Sem Terra denunciam as diversas formas de violências patriarcal e racial, que têm atingido as pessoas em condições de vulnerabilidade e feito vítimas, como os casos de feminicídio, assassinatos LGBTIfóbicos e suicídios que vivenciados nos últimos anos. Nesse caminho, também anunciam a disposição para construir relações humanas emancipadas, livres de todas as formas de violência.
“Precisamos manter e ampliar a organização popular, porque este é um Governo em que os direitos terão que ser defendidos e conquistados cotidianamente, tanto no diálogo como na luta. Cobramos a revogação da EC 95, do Novo Ensino Médio, da Reforma Trabalhista e tantas outras pautas, que só serão possíveis de serem implementadas com muita luta e organização de base”, explica Lucinéia.
No Rio Grande do Sul, as mulheres Sem Terra que se deslocavam para o Ato Unificado em Porto Alegre tiveram vários ônibus interceptados em diferentes pontos de chegada na capital gaúcha. A ação orquestrada lembrou as mulheres da ação da PRF durante as eleições, com
ônibus interceptados no RS pela PRF (vistoria ostensiva)
No Nordeste, as mais de 500 mulheres do Campo Unitário tomaram as ruas de Teresina (PI) e fizeram uma grande ação de denúncia na empresa Equatorial Energia, para reivindicar o alto custo do preço da luz e o péssimo fornecimento de energia no estado do Piauí. As mulheres foram recebidas com tiros na tentativa de reprimir e impedir a denúncia.
Na terça-feira, 07, 400 mulheres estiveram no Palácio do Karnak, sede do governo do estado do Piauí, onde foram tratadas com o governador e os demais secretários do estado as pautas voltadas para os territórios em que os movimentos sociais do campo
No Pará, instaladas na capital desde a terça-feira (07), a mobilização das mulheres foi duramente reprimida. Polícia usou spray de pimenta contra manifestação pacífica que chegava na Assembleia Legislativa do Estado do Pará. Confira:
*Editado por Fernanda Alcântara