Reforma Agrária Popular
Nota sobre a reunião de mediação de conflitos com a Suzano Papel e Celulose
Da Página do MST
Neste dia 08 de março de 2023, ocorreu uma reunião de mediação entre o Governo Federal, a empresa Suzano Papel e Celulose e o MST. A mesa foi formada em virtude das ocupações de famílias Sem Terra no Extremo Sul da Bahia em áreas da empresa de eucalipto, ocorridas no início de março.
O encontro aconteceu no Ministério do Desenvolvimento Agrário em Brasília e foi bastante representativa. Participaram os dirigentes nacionais do MST, Liu Durães, Evanildo Costa, João Paulo Rodrigues e Ayala Ferreira; o vice-presidente da Suzano, Luiz Bueno e os diretores da empresa, Walner Júnior e Leonardo Mercante; o ministro do MDA, Paulo Teixeira; o presidente do INCRA, César Aldrighi; o superintendente do INCRA da Bahia, Carlos Borges; Cláudia Dadico, juíza federal e do Departamento de Mediação e Conciliação de Conflitos Agrários; l deputado federal Valmir Assunção (PT-BA); o secretário da Casa Civil da Bahia, Afonso Florence; procuradores federais e assessorias.
A luta das trabalhadoras e dos trabalhadores fez a Suzano Papel e Celulose reafirmar o acordo que a empresa tinha deixado para trás. Deste modo, ficou assegurado o assentamento das 650 famílias do extremo sul da Bahia. O MST considera positiva a iniciativa do Governo Federal como método de conciliação de conflitos.
A base do acordo com as empresas de celulose que estão instaladas na mesma região é decorrente de passivos fundiários e ações de construção de um projeto de desenvolvimento territorial sustentável com trabalhadores sem terra.
Afirmamos que instrumento da ocupação de terra se trata de uma forma de protesto legítima, diante de uma pauta que é constitucional: a reforma agrária. A nossa expectativa é de que os acordos firmados tenham a sua célere execução para a dignidade das famílias, o combate à fome e produção de alimentos saudáveis.
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra