MST Ceará
No Ceará, MST celebra 34 anos de lutas em ato político com amigos
Atividade reuniu cerca de 500 pessoas em Fortaleza. Foto: Aline Oliveira
Por Aline Oliveira
Da Página do MST
Na noite de ontem (30) o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Ceará, realizou o ato político e celebrativo em alusão aos 34 anos de lutas, conquistas e resistência popular do Movimento em território cearense. A atividade aconteceu no Centro de Formação, Capacitação e Pesquisa Frei Humberto, em Fortaleza.
O ato contou com a presença de diversos movimentos populares, centrais sindicais, partidos políticos e universidades, reunindo cerca de 500 pessoas. Na programação, a atividade iniciou às 19 horas com ato político, seguido de jantar coletivo e música ao vivo com os presentes.
“O MST é fruto de uma construção coletiva e chegamos até aqui graças a contribuição de muitos amigas e amigas que apoiaram, apoiam e constroem a nossa luta”, comentou Gene Santos, da Direção Nacional do MST.
O dirigente relembra ainda o começo da organização do Movimento no estado: “aquela madrugada do 25 de maio de 89, homens e mulheres que tiveram coragem de romper a cerca do latifúndio selvagem e de morte desse Ceará, conheceu a bravura e força do povo Sem Terra”.
Padre Lino Allegri da Igreja em Saída, participou da atividade e reafirmou a parceria com o MST no Ceará. “A igreja católica por muito tempo trabalha com o pessoal da terra, por muito tempo a gente trabalhou pelo interiores do Brasil, onde a luta pela terra era a coisa mais importante”.
Foto: Aline Oliveira
“É importante ver esse Movimento que quer e mostra esperança a todos nós, o Movimento Sem Terra não é só questão dos que trabalham na terra, mas é de todos nós que precisamos da terra, então como pessoa da igreja, eu quero dizer que com certeza, o Movimento Sem Terra é uma obra de Deus”, refletiu o religioso.
Já Irenísia Oliveira, do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Ceará (ADUFC), parabenizou o MST e suas lutas nos 34 anos no estado do Ceará, conectando com o conjunto das lutas da classe trabalhadora. “Desejo muitas vitórias contra o latifúndio, contra o trabalho escravo, contra o fascismo, e nós como representantes dos docentes das universidades federais do Ceará, queremos contribuir com essas vitórias, contem conosco”.
“Uma coisa importante que o MST se coloca para fazer que não só conquistar a terra, não só lutar contra o latifúndio da terra, mas também contra o latifúndio do saber, dando um outro papel, uma outra função a universidade, colocando no trilho do que deve ser a universidade pública. A luta do MST realinha a universidade com seus reais objetivos’’, conclui a docente.
MST no Ceará
No Ceará, o MST realizou a primeira ocupação de terra no dia 25 de maio de 1989, na fazenda Reunidas de São Joaquim, localizada nos municípios de Madalena, Quixeramobim e Boa viagem, onde hoje é o Assentamento 25 de Maio.
Desde então, o Movimento expandiu por todas as regiões do estado, ocupado latifúndios improdutivos e pautando a Reforma Agrária.
*Editado por Gustavo Marinho