Jornada de Vivências do MST no Pará apresenta experiências em agroecologia

Vivência e Jornada da Juventude do MST no Assentamento Abril Vermelho, em Santa Bárbara/PA. Foto: MST-PA

Por Setor de Comunicação MST Pará

Da Página do MST

Entre os dias 1 a 10 de junho, aconteceu nos acampamentos e assentamentos
de Reforma Agrária do Pará, a Jornada de Vivências do MST. As atividades marcaram a programação dos territórios do Movimento em todas as grandes regiões do país, com troca de experiências, apresentando à sociedade as áreas de assentamentos, acampamentos, e a importância da Reforma Agrária Popular.

Na região metropolitana de Belém/PA, as atividades aconteceram no Assentamento Abril
Vermelho, no município de Santa Bárbara. Onde estiveram mais de 50 pessoas, entre estudantes e professores da Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Estadual do Pará (UEPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e Instituto Federal do Pará (IFPA); além de amigos, amigas e apoiadores/as que conheceram áreas de assentamentos e acampamentos e suas experiências agroecológicas.

Durante as atividades, houve diálogos sobre a Reforma Agrária, Sistemas Agroflorestais (SAFs), agroecologia e educação do Campo; como também, debates sobre a perversidade do capital no campo, agronegócio e seus malefícios. Os/as participantes realizaram plantio de mudas e
compartilharam de uma alimentação saudável. A vivência encerrou com um banho
refrescante de igarapé.

Os/as estudantes conheceram a diversidade produtiva e os Sistemas Agroflorestais (SAFs)
a partir da temática da agroecologia, onde houve visita nos lotes das famílias Sem Terra, assim como nos açudes onde há criação de tambaqui, pirarucu e outros peixes da Amazônia. Com isso, conheceram a diversidade de espécies nativas, como o pé de castanheiras, andiroba, cacau e muitos outros.

Vivência do MST em Parauapebas/PA, no Instituto de Agroecologia Latino-Americano (IALA) Amazônico,
localizado no Assentamento Palmares II. Foto: MST-PA

Em Parauapebas/PA, o Instituto de Agroecologia Latino-Americano (IALA) Amazônico,
localizado no Assentamento Palmares II, realizou atividades no viveiro de mudas,
com plantio e debate sobre a defesa do meio ambiente e da reforma agrária popular.

A atividade tem uma importância imensa, considerando que a Amazônia, bioma ameaçado com desmatamento, garimpo ilegal e tantas outras violências no campo, apresenta alternativas por meio da agricultura familiar camponesa e agroecológicas para a humanidade.

A natureza está sob ameaça e as famílias Sem Terra buscam alternativas de vida e resistências no campo.
As Vivências no MST visam o diálogo com a sociedade sobre a importância da Reforma
Agrária e da produção de alimentos saudáveis para o nosso país. E seguirá com ações
permanentes de visitação nos territórios e diálogos.

Estudantes participam de vivência no Assentamento 1 de março, em São João do Araguaia/PA. Foto: MST-PA

As vivências também integram a programação da Jornada Universitária em Defesa da
Reforma Agrária (JURA), que ocorrem nas universidades do Estado e também se
integrou as ações da 14ª Jornada Nacional da Juventude Sem Terra – que traz como
Lema: “Combater o agro, garimpo e a mineração. Rompendo cercas alimenta a nação”.

A juventude Sem Terra participou das atividades da vivência no território realizando
intervenções junto aos visitantes. Como parte da Jornada de Vivências no MST, também ocorreu atividades com os estudantes das escolas, Educar para Crescer e Madalena Freire, do Assentamento 1 de março, em São João do Araguaia/PA.

*Editado por Lays Furtado