Arraiás de Luta

O balancê #TôComMST anima os festejos juninos em diversas regiões do Brasil

Tradição da cultura camponesa, os arraias celebram as colheitas, a religiosidade e os afetos comunitários
III Arraiá da Reforma Agrária, no Centro de Formação Frei Humberto, em Fortaleza-CE. Foto: Nayara Ribeiro

Da Página do MST

Os Arraiás, tão tradicionais no Brasil e na Europa durante os períodos de junho e julho, são um marco para as culturas ligadas à terra, como as camponesas e indígenas.

Para celebrar essa festa histórica de resistência da cultura camponesa, a militância do MST já está em clima de folia, nas colheitas, no preparo das comidas típicas, na ornamentação de bandeirolas e balões decorativos nas áreas de acampamentos e assentamentos da Reforma Agrária, saudando a fertilidade, os frutos da terra, suas divindades e homenageando os santos padroeiros dos festejos à tona.

“No mês de junho vamos festejar, festejar com muita alegria, através das nossas danças, dos grupos juninos, dos arraiais, comemorando essa colheita, mas também celebrando a cultura popular do nosso povo, especificamente o povo Sem Terra, que vem com toda sua alegria construir vários arraiais, que são marcados por temas políticos e grupos juninos que são organizados pela nossa juventude, que se desafiam a juntar a arte, a política e a comemoração da colheita em uma só festa”, menciona Luz Marin, da coordenação do setor de cultura do MST no Ceará.

Origem dos festejos juninos

Em cada região de nosso país, as festas juninas apresentam caracteres singulares e multiculturais, com a fartura das colheitas e a garantia de diversão para todas as idades, com muita música, dança, brincadeiras, anedotas e simpatias.

Famílias Sem Terra do Acampamento Jean Carlos localizado entre os municípios de Caruaru e Toritama/PE. Foto: Bianka Eduarda

Embora tal tradição de origem pagã seja antiga, desde o século XVII na Europa, em celebração da chegada do verão no hemisfério norte, a mesma acabou se consolidando ao longo do tempo, sincretizada com o cristianismo, em comemorações de salvaguarda de santos populares – Santo Antônio, São João e São Pedro – que angariaram fiéis com a chegada dos jesuítas no Brasil.

Além das tradições europeias que foram ressignificadas nos festejos juninos no país, tal tradição também está presente ancestralmente cultivado pelas culturas indígenas no hemisfério sul, celebrando o solstício de inverno.

Nesse sentido, diversos povos indígenas têm o período de junho como marco de início de um novo ciclo, um novo tempo, celebrando com festividades e rituais as colheitas do milho, amendoim, pinhão, mandioca, fava e outros alimentos.

Foto: Aline de Oliveira

Confira os Arraiás da Reforma Agrária mais próximos de você e vem pro balancê #TôComMST

Saiba onde haverá Arraiá da Reforma Agrária e acompanhe as redes sociais do MST para mais informações:

NORDESTE

Bahia

23 e 24 de junho – Wenceslau Guimarães – Assentamento Canudos

Alagoas

28 de junho – Junqueiro – Acampamento Eldorado dos Carajás

29 de junho – Maceió – Bairro da Levada

1 de julho – Atalaia – Acampamento Marielle Franco

8 de julho – Olho D’Água do Casado – Assentamento Nova Esperança

Rio Grande do Norte

8 de julho – Natal – Feira na Cidade

Pernambuco

28 de junho – Caruaru – Assentamento Normandia

Ceará

29 de junho – Santa Quitéria – Assentamento Juá Gangorra

29 de junho – Madalena – Assentamento 25 de Maio

30 de junho – Canindé – Escola do Campo Filha da Luta Patativa do Assaré /Assentamento Santana da Cal

1 de julho – Tamboril – Assentamento 2 de Maio

8 de julho – Canindé – Assentamento Transval

8 de julho – Tamboril – Assentamento Monte Alegre

15 de julho – Canindé – Assentamento Tiracanga

AMAZÔNICA

Pará

23 de junho – Marabá – Assentamento 26 de março

24 de junho – Parauapebas – Assentamento Palmares II

Roraima

24 de junho – Boa Vista – Alvorada

SUDESTE

São Paulo

24 de junho – Bauru – Armazém do Campo Bauru

1 de julho – São Paulo – Galpão Armazém do Campo São Paulo

1 de julho – São José dos Campos – Armazém do Campo São José dos Campos

Rio de Janeiro

23 de junho – Rio de Janeiro – Armazém do Campo Rio de Janeiro

SUL

Rio Grande do Sul

23 de junho – Porto Alegre – Armazém do Campo Porto Alegre

Paraná

24 de junho – Rio Bonito do Iguaçu – Assentamento Marcos Freire

Rio Bonito do Iguaçu – Acampamento Herdeiros da Terra de 1º de Maio

Cascavel – Acampamento Resistência Camponesa

Florestópolis – Acampamento Manoel Jacinto Correia

1 de julho – Laranjeiras do Sul – Assentamento 8 de Junho

Lapa – Assentamento Contestado

8 de julho – Rio Bonito do Iguaçu – Acampamento Herdeiros da Terra de 1º de Maio

Ibema – Acampamento Chico Mendes

29 de julho – Nova Laranjeiras – Acampamento Herdeiros da Terra de 1º de Maio

*Editado por Solange Engelmann