Vivências

Caravana Dourados pela Vida e contra os agrotóxicos

Pessoas e entidades experimentaram um dia de vivência e trocas de experiências na região de Ponta Porã, Mato Grosso do Sul
Produção de hortaliças no Assentamento Itamarati 1. Foto: MST/MS.

Por Sandra Procópio e Dandara Procópio – MST/MS
Da Página do MST

No último sábado (08), marcando o início do Comitê Dourados articulado na “Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida”, estudantes, professores, pesquisadores, militantes de movimentos sociais populares, entidades e organizações populares e partidos de esquerda, com apoio do MST da Regional Fronteira, organizaram-se em forma de caravana e experimentaram um dia de vivência e trocas de experiências na região de Ponta Porã, no estado do Mato Grosso do Sul.

Na programação, um café da cultura camponesa, organizado pelo Grupo Coletivo 17 de abril, no Assentamento Itamarati, cuja arquitetura em forma de semicírculo homenageia as pessoas tombadas no massacre de Eldorado do Carajás, no Pará, em 1996. Na sequência, uma visita à Escola Carlos Pereira e sua horta sem venenos, seu horto medicinal em forma de mandala, seu rio protegido pela mata ciliar e sua experiência de reflorestamento.

A visita ao lote da Reforma Agrária, da família de Dona Elaine Ambrust, no Assentamento Itamarati 1, proporcionou aos visitantes conhecerem a produção de hortaliças e outros produtos que são comercializados pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que fortalecem a agricultura familiar e camponesa.

Chegada ao Acampamento. Foto: MST/MS.

Na chegada ao Acampamento Alexandre Sabala, o grupo foi recebido com um almoço rico em diversidade de alimentos, produzidos pelos próprios acampados e acampadas. A Roda de Conversa debaixo do barracão de lona tratou de assuntos como o impacto dos agrotóxicos na vida dos camponeses e no meio ambiente, a falta de profissionais da área da saúde que possam colaborar com o debate, as armadilhas do sistema capitalista que impõe o modelo de produção como sendo a única possibilidade, as doenças como resultados do ciclo do capital, os cuidados com a saúde como centro de um projeto humanista, entre outros.

O Plano Plantar Árvores, Produzir Alimentos Saudáveis, realizado pelo MST e cuja meta é plantar 100 milhões de árvores em 10 anos, também esteve presente na atividade num plantio realizado de forma coletiva.

Ao final da vivência e dos trabalhos do dia, todos saíram certos da importância da agricultura familiar camponesa, da agroecologia, do trabalho de formação em educação popular, e do fortalecimento para o enfrentamento aos dilemas do tempo presente!

*Editado por Maria Silva