Sem Terrinha
Ciranda Infantil na Feira do MST em BH homenageia educadora Ivonete Regina
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“É um, é dois, é três, já aprendemos contar
É quatro, é cinco, é seis
Agora nós vamos parar
Um tempo pra gente brincar
Antes de chegar a mil
Em nome da Reforma Agrária ai, ai, ai
Um viva à Ciranda Infantil.” (Zé Pinto)
Por Mara Santos
Da Página do MST
Construído com muito cuidado e afeto, as crianças têm um espaço dedicado para elas na 4ª Feira da Reforma Agrária em Belo Horizonte, Minas Gerais: a Ciranda Infantil. Espaço pedagógico da infância Sem Terrinha, a Ciranda é organizada para que as crianças possam ir aprendendo que a Reforma Agrária é um direito, assim como brincar, criar, imaginar, e lutar, enquanto os adultos conduzem as tarefas durante a Feira.
Nesta trajetória de quase 40 anos de existência do Movimento Sem Terra, desde os primeiros acampamentos, as crianças estão presentes, o que levou a organização a compreendê-las enquanto sujeitos na luta.
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A Ciranda Infantil neste ano, conta com 16 crianças, com oito educadores e educadoras, e recebe o nome de Ivonete Regina, mulher negra, de sorriso largo, mãe de seis filhos, com disposição para a luta, solidária e aberta em sua amorosidade no trabalho com as crianças, sempre esteve disposta a atuar na Ciranda Infantil, atividade que realizava com muita dedicação. Ivonete integrava o Setor de Educação do MST, estudou na Escola Elisabete Teixeira e morava no Acampamento Pátria Livre, região metropolitana de Belo Horizonte.
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De acordo com Elis Nunes, do Setor de Educação da Regional Metropolitana, “a Ciranda Infantil é um espaço de direito das famílias Sem Terra, principalmente das crianças, pois possibilita a vivência, e é onde elas se constituem também enquanto sujeitos na luta pela Reforma Agrária Popular”.
Elis ainda ressalta que a Ciranda está com uma programação especial ao longo da Feira, como a oficina com o educador Roquinho na sexta-feira (14). Neste sábado (15) ocorreu a oficina de origami e de saúde bucal infantil. Ainda como parte da programação, as crianças realizaram cortejo com o grupo Tambores do Mucuri, seguido de apresentação do Teatro da Lili. Além de desenhar, escrever poesias, contar histórias e cantar muita música, também haverá outras atividades e brincadeiras lúdicas que o Parque dispõe.
*Editado por Solange Engelmannn