Produção de Alimentos
MST realiza Festa da Colheita do Café da Reforma Agrária Capixaba
Por Mariana Motta
Da Página do MST
Neste próximo sábado (22), o MST no Espírito Santo realiza a 1ª Festa da Colheita do Café da Reforma Agrária Capixaba, na sede da Cooperativa de Beneficiamento, Comercialização e Prestação de Serviços dos Agricultores Assentados (Coopterra), localizada no assentamento Vale da Vitória, em São Mateus, no estado do Espírito Santo.
Fundada em 2012, a Coopterra é uma das cooperativas referências na produção dessa cultura no estado. No Espírito Santo, em assentamentos e acampamentos da Reforma Agrária se destaca o cultivo e a produção do café conilon, que passou a ser produzido a partir da ocupação desses territórios pelas famílias Sem Terra, em áreas antes abandonadas e que não cumpriam sua função social.
O café integra uma das principais cadeias produtivas do MST, presentes no estado capixaba, mas também em Minas Gerais, Paraná, Bahia e Rondônia.
Nos assentamentos capixabas, tal produção é a principal atividade comercial das famílias camponesas. E agora, com a experiência dos acampamentos produtivos, a cultura tem se ampliado com relação à produção. Com isso, mais de 100 mil sacas de café conilon em grãos são produzidas anualmente nos assentamentos e acampamentos do estado.
Durante a Festa haverá apresentação de novas instalações da cooperativa, para o beneficiamento da produção, e um momento formativo com João Pedro Stedile, da direção nacional do MST, sobre: “A cadeia produtiva do café e sua importância no contexto da Reforma Agrária e seus desafios atuais”.
Terra de Sabores
O embrião da Coopterra surge a partir da organização da produção de 34 famílias Sem Terra, que se integraram à primeira ocupação de terra do MST no estado do Espírito Santo, em 1985.
Após a conquista do assentamento Vale da Vitória e por meio da cooperação das famílias, a Coopterra se tornou referência na produção de café e pimenta, e desde 2021, criou a marca Terra de Sabores. E vem ampliando a produção e comercialização de café, pimenta do reino, além de licores e geleias, todos produtos disponíveis para compra na rede de Armazéns do Campo.
Adelso Rocha Lima, assentado, produtor de café e dirigente do setor de produção do MST, explica que a celebração da colheita farta faz parte da tradição do povo camponês, representa os frutos do trabalho na agricultura e, com ela, vem as perspectivas para um novo ciclo do ano.
“O café é um alimento que usamos no despertar do dia, no início das atividades cotidianas. É também um alimento de acolhida de amigos, parceiros, familiares”, menciona Adelso, comentando sobre a esfera simbólica dessa cultura, que está no cotidiano produtivo. Para ele o café é “alimentar o afetivo das famílias camponesas”, por estar no consumo diário do povo brasileiro.
Programação:
9h – Acolhida
10h – Mística e Ato de Abertura
11h – Inauguração das instalações da cooperativa
12h – Almoço
14h – Formação: “A cadeia produtiva do café e sua importância no contexto da Reforma Agrária e seus desafios atuais” João Pedro Stedile – direção nacional do MST
15h – Ato político
18h – Confraternização – Show com Forró Chapéu de Palha, Val Santana e Didiu e companhia
*Editado por Wesley Lima