Educação

Escola de teatro da mata sul é criada em assentamento do MST em Pernambuco

A formação em artes cênicas atende 50 camponeses e camponesas, no Assentamento Canoa Rachada, no município de Água Preta
Foto: MST/PE

Por Igor Jatobá
Da Pagina do MST

Ao todo 50 camponeses e camponesas do Assentamento Canoa Rachada, em Água Preta, Pernambuco, estão participando das atividades da Escola de Teatro da Mata Sul, que acaba de ser criada com o objetivo de fomentar o acesso a diversas linguagens das artes cênicas para crianças, jovens e adultos.

A formação abrange aulas de teatro, violão, canto e artesanato; entre os participantes, há agricultores e agricultoras que foram os primeiros a ocupar o território, e atende também seus filhos e netos.

“A escola de artes do MST Mata Sul nasce provocando mudanças na comunidade do Assentamento Canoa Rachada, com oficinas de artes, teatro, música e artesanato”, diz o instrutor, diretor e ator teatral Rosberg Adonay, para quem “a possibilidade do conhecimento artístico é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento social e humano de qualquer ser humano”.

Segundo Ramonn, coordenador pedagógico da escola e dirigente estadual de Cultura do MST, “a Escola de Artes é uma conquista que transforma o dia-a-dia do assentamento, por meio de encontros e o aprendizado na Associação e em volta da fogueira. As atividades vêm envolvendo grande parte das famílias do Assentamento, e isso é uma grande vitória”.

Foto: MST/PE

Com o resultado dessa primeira etapa formativa, neste sábado (22), será apresentada pelo coletivo artístico formado na Escola de Teatro a obra teatral “Jornada da Terra”, com um cortejo celebrando os 40 anos de história do MST e os 20 anos da ocupação do Assentamento Canoa Rachada.

O projeto tem o incentivo do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura), do Governo de Pernambuco, por meio da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).

As ações da Escola seguem a diretriz do Coletivo Nacional de Cultura do MST, que traz como lema a utopia “toda e todo Sem Terra fazendo arte”. Com isso, a ideia é que o processo formativo originado no assentamento se desdobre em formações em outros territórios da Reforma Agrária em todo o estado, sendo que grande parte dessas áreas rurais não conta com nenhum equipamento cultural.

*Editado por João Vitor