História de vida da dirigente do Coletivo LGBTI+ do MST no RN vira curta metragem

Nascida em Ceará Mirim, interior do Rio Grande do Norte, Jeniffer já nasceu pronta para lutar pelos seus sonhos. Filha de uma família de 9 filhos, Jeniffer já nasceu com sua trajetória desenhada na resistência. Desde muito nova, luta cotidianamente pelo seu direito de sobreviver. 

Maquiadora, manicure, trancista, faxineira, cozinheira, são uma das muitas formas de sustento que Jeniffer teve que desenvolver ao longo da sua trajetória pessoal. Filha de agricultores, sempre teve contato direto com a terra e com a produção agrícola na roça e no quintal produtivo da família, onde aprendeu muito sobre agricultura e hoje em dia coloca em prática no seu lote no acampamento Fidel Castro, em uma ocupação urbana do MST em Cearámirim. 

Conheceu e ingressou no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra no Rio Grande do Norte no ano de 2019, e desde de então, cada dia que passa se organiza mais na luta pela reforma agrária popular. Hoje em dia, Jeniffer ocupa uma cadeira de dirigente estadual do movimento, representando o coletivo LGBTI+ no Estado. Jenifer Rocha foi a primeira mulher preta transsexual Sem Terra a conseguir sua identidade social no Estado do Rio Grande do Norte, mulher agricultora, manicure, artista, performer, poetisa Jeniffer hoje é uma referência para muitos sujeitos/as/es LGBTs. 

Sua trajetória é narrada de forma poética-documental no filme que leva seu nome. Jeniffer, lançado no dia 15 de julho, a obra já passou por 6 Festivais nacionais e internacionais de cinema e a cada dia, ganha novos movimentos. Festival Internacional de Cinema LGBTQUIA+ do Rio de Janeiro  (2023), CineQueer UFPE – Dacine (2023), Festival Feira Cultural MST (2023), Mostra Curta de São Paulo (2023), Festival de Cinema de Campina Grande (2023), Mostra Cinema Cidadão (2023) de Paulista (PE).