Nota

Nota sobre a tentativa de invasão em acampamento nas margens da rodovia BA-250

MST na Bahia divulga nota pública sobre o ocorrido no acampamento Osmar Azevedo
Acampamento Osmar Azevedo. Foto: MST na Bahia

Da Página do MST

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST na Bahia vem em nota informar o ocorrido na madrugada desta segunda-feira (30), no acampamento Osmar Azevedo, localizado às margens da rodovia BA-250, no município de Itiruçu/BA.

Durante a madrugada desta noite, um grupo com mais de 30 jagunços, fortemente armados, se identificando como fazendeiros, tentaram invadir com violência e ameaças às 60 famílias acampadas às margens da BA-250. 

As famílias não estão acampadas em área de nenhum dos fazendeiros e sim às margens da rodovia BA-250, devido ao despejo que sofreram de uma fazenda que pertenceu à extinta EBDA (Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola), ocorrida no dia 05 de abril. Elas aguardam passivamente as negociações com o Governo Estadual e INCRA para destinação da área da EBDA para criação de assentamento. 

A tentativa de reintegração de posse descabida de qualquer legalidade organizada pela milícia rural teve a alegação de que não aceitariam famílias Sem Terra vivendo próximo de suas fazendas e atacaram essas famílias. Inclusive na tentativa de atear fogo nos barracos. Porém não houve reação, ninguém se feriu e as famílias continuam no local apesar da violência sofrida e permanecem em resistência na luta. 

É mais uma violência perversa contra as famílias trabalhadoras rurais que estão mobilizadas para garantir o acesso à terra. O MST reafirma que a luta é pela construção de um país mais justo e soberano. Por que acredita que através da reforma agrária será possível melhorar a qualidade de vida das pessoas, produzir alimentos saudáveis, proteger a natureza e combater os flagelos sociais, em especial, combater a fome e a miséria.

Por fim, já estão sendo feitas todas as denúncias para o ministério público e realizados boletins de ocorrência sobre o caso.

Movimento das/os Trabalhadoras/es Rurais Sem Terra