Educação do Campo
MST participa de reunião técnica com IFES para debater políticas para Educação do Campo
Da Página do MST
Como estratégia para o fortalecimento das Licenciaturas em Educação do Campo e Licenciatura Intercultural Indígena, e no atendimento a uma demanda do Fórum Nacional de Educação do Campo (Fonec) e do Movimento dos estudantes e egressos da Educação do Campo, entre esta quinta-feira (17) e sexta (18), acontece em Brasília reunião técnica com Reitoras e Reitores das Instituições Federais do Ensino Superior (IFES) e Secretárias/os de Educação.
A Reunião Técnica também busca fortalecer a institucionalização das Licenciaturas da Educação do Campo e Educação Intercultural Indígena nas IFES e inserir o perfil desses licenciados nos concursos públicos estaduais e municipais. Como resultado da reunião está prevista a elaboração e aprovação de uma Carta de Compromisso sobre o tema. A atividade ocorre no Auditório do Anexo, no Ministério da Educação.
Uma das pautas centrais é o reconhecimento profissional dos/as licenciados/as em Educação do Campo no Brasil pelas secretarias estaduais de educação. Como explica, a estudante de Licenciatura em Educação do Campo, Darlene Moraes dos Santos.
“Esse momento é essencial para dar visibilidade a pauta urgente de inserção profissional dos/das licenciados em Educação do Campo nas escolas de educação básica no Brasil. Pela primeira vez desde a criação dos cursos, os/as egressos/as da Ledoc [Licenciaturas em Educação do Campo] acessam um espaço nacional para falar desta pauta”, comemora.
Darlene conta que durante a reunião será entregue aos participantes um Manifesto pelo reconhecimento profissional dos/as licenciados/as em Educação do Campo do Brasil, assinada por estudantes e Licenciados/as em Educação do Campo e representantes das Instituições Ensino Superior (Confira abaixo). Segundo ela, espera-se que reitoras/es das IFES e secretárias/os de educação dos estados apontem medidas para atender essa demanda.
“Enquanto Aneledoc (Articulação Nacional de Estudantes e Licenciados/as em Educação do Campo) a expectativa é de que as autoridades presentes na reunião tomem medidas concretas para efetivação das políticas de inclusão sócio profissional e que desenvolvam a pauta para seus pares, principalmente as secretarias Municipais e estaduais de educação e as reitorias das instituições federais de ensino superior”, pontua a estudante.
O coordenador do setor de Educação do MST, Valter Leite, comemora a realização da reunião pela possibilidade dos movimentos populares do campo, em avançar nessa frente com a territorialização de uma Política de Estado na área da Educação do Campo.
“A reunião é muito relevante pelo propósito que tem em construir instrumentos e mecanismos junto às secretarias estaduais de educação, universidades e institutos federais para o reconhecimento profissional dos egressos/as das Licenciaturas em Educação do Campo nos concursos públicos nas redes estaduais e municipais de ensino, de forma articulada à implementação das Diretrizes Operacionais da Educação do Campo e o fortalecimento da Escola do Campo”, afirma.
Nesse sentido, Valter aponta que os movimentos populares do campo vão seguir mobilizados e tensionando para que os entes federados avancem na cooperação e construção de um sistema público de Educação do Campo que assegure o acesso universal à educação, comprometida com o desenvolvimento dos territórios camponeses.
A previsão é de participação de 18 secretários estaduais, 26 reitores, representantes do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME), Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais e Distrital de Educação (FONCEDE), União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME), Ministério Público, Defensoria Pública da União (DPU), Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), do Ministério Público. Além de representações do Fonec, Fórum Nacional de Educação Escolar Indígena (FNEEI), Comissão Nacional da Educação do Campo (CONEC), Movimentos dos estudantes e egressos do campo e indígena.
Manifesto pelo reconhecimento profissional dos/as licenciados/as em Educação do Campo do Brasil. Confira na íntegra: