Grito dos/as Excluídos/as
Superação da fome, acesso à água e justiça social são temas do Grito dos/as Excluídos/as 2023
Por Comunicação do Grito
Da Página do MST
Com o objetivo de mobilizar a participação da sociedade civil em torno dos problemas estruturais que atentam contra a vida do povo mais vulnerável, a Articulação Nacional do Grito dos/as Excluídos/as fará a sua tradicional coletiva de imprensa, no dia 04 de setembro, no formato online, com transmissão pela página oficial do Grito no Facebook e pelo canal do Youtube.
Com a pergunta: “Você tem fome e sede de quê? ”, que é o lema deste ano, o Grito dos Excluídos e Excluídas convida todas e todos à reflexão e ação em busca de alternativas para os enormes problemas que o povo enfrenta com a questão da fome e da água.
O lema anual do Grito é debatido e definido a partir das sugestões de uma rede de articuladores e articuladoras de todo o Brasil e sempre dialoga com o tema da CF – Campanha da Fraternidade, da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), com a conjuntura política, social e econômica do país e com a luta dos movimentos populares e sociais.
Nos seus 29 anos de história, o Grito dos Excluídos e Excluídas tem por objetivo valorizar a vida e anunciar a esperança de um mundo melhor, por isso seu tema permanente é “Vida em Primeiro Lugar!”. Frei Zeca, articulador em Poconé, Mato Grosso, ressalta a importância do Grito “por incentivar ações que fortaleçam e mobilizem as pessoas, nos mais longínquos locais do Brasil, na luta por seus direitos, na denúncia das injustiças e violências, causadas pelo sistema neoliberal que exclui, degrada e mata”.
No dia 7 de setembro, acontece em todo Brasil atos públicos, caminhadas e mobilizações populares, como forma de chamar atenção para as transformações que o país precisa para ser de fato independente e garantir vida digna para todas as pessoas, com justiça social, acesso a direitos fundamentais, equilíbrio econômico e desenvolvimento da ciência e tecnologia.
Água e alimento
Dalila Alves Calisto, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), mestra em Geografia, afirma que “a água é um direito humano, um bem comum e um Patrimônio da Humanidade, que deve estar sob o controle popular e não das grandes empresas multinacionais. O Brasil possui a maior reserva de água potável do mundo (13%), no entanto, pelo menos 35 milhões de brasileiros seguem excluídos ao acesso regular de abastecimento e outros serviços”.
Segundo Vera Vilela, nutricionista, educadora em saúde e mestra em Saúde Pública, “a fome não é um fenômeno vinculado às questões pontuais, como a seca por exemplo, mas historicamente faz parte da estruturação da sociedade brasileira, desde o período colonial, através de uma inclusão desigual dos diversos grupos sociais nas diversas regiões do país”.
Quem participa da coletiva
A Coletiva Nacional contará com a participação de:
Dom José Valdeci Santos Mendes – bispo de Brejo/MA e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Ação Sociotransformadora da CNBB.
Leila Denise – Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) – Coordenação Rondônia e Via Campesina.
José Vanilson Torres da Silva – Movimento Nacional População de Rua-MNPR no Rio Grande do Norte/Nordeste e coordenação nacional; Conselheiro Nacional de Saúde pelo MNPR; Conselheiro Estadual de Assistência Social pelo MNPR; Conselheiro Municipal de Assistência Social de Natal-CMAS pelo Fórum em Defesa da População em Situação de Rua de Natal-FDPRN.
Rosilene de Jesus Santos/Negah Rosi – Raizeira e Educadora – União dos Atingidos – São Sebastião – Litoral Norte/SP.
Mediação:
Dani Hohn – Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que integra a Coordenação Nacional do Grito dos Excluídos e Excluídas.
Serviço
Data: 04/09 (segunda-feira)
Horário: 10h (Horário de Brasília)
Transmissão ao vivo pelo Youtube e Facebook do Grito dos Excluídos e Excluídas e entidades parceiras