Educação

5 livros da Editora Expressão Popular para celebrar o Dia Nacional da Alfabetização

Confira títulos do catálogo da Expressão Popular selecionados e em promoção para a data
Obra A revolução de Anita. Imagem: Reprodução Expressão Popular

Por Expressão Popular
Para Página do MST

O Dia Nacional da Alfabetização é uma data celebrada anualmente em 14 de novembro e criada em 1966. A escolha desse dia faz menção ao decreto que criou o Ministério da Educação, em 1930. É uma data pensada para refletir acerca da importância da alfabetização e dos desafios de nosso país para erradicá-la.

Para celebrar a data, a Editora Expressão Popular selecionou algumas obras de seu catálogo que debatem o tema. Todos os títulos estão disponíveis e com descontos especiais pela passagem da data.

Confira as publicações:

1. A Revolução de Anita

A revolução de Anita é um relato ficcional da campanha de alfabetização realizada em Cuba no ano de 1961, em que mais de 700 mil pessoas, em sua maioria camponeses pobres, que aprenderam a ler e a escrever. Tal ação tornou a pequena ilha território livre de analfabetismo. Essa campanha foi uma das tantas iniciativas da Revolução Cubana para libertar o povo e o país do domínio colonial e da ignorância.

Ao acompanharmos a trajetória de Anita Fonseca, vemos a transformação de uma menina, de 14 anos de idade, cheia de privilégios, mas que impactada pela revolução – e pelo assassinato de Conrado Benítez, um jovem que queria alfabetizar camponeses – decide se tornar voluntária da campanha de alfabetização. Por meio de seu diário e de suas cartas, vivenciamos as contradições de uma jovem que está passando por várias transformações tanto sentimentais quanto físicas.

Além disso, podemos ver também uma pequena (grande) parte das mudanças que ocorreram na vida de Ramón, Clara e Zenaida, camponeses pobres, educandos de Anita, principalmente com relação à perspectiva de que suas vidas e seu futuro poderiam ser diferentes.

2. História do menino que lia o mundo

Imagem: Reprodução Expressão Popular

Esta História do menino que lia o mundo conta a vida de um grande homem que não deixou de ver o mundo com os olhos esperançosos de um menino. Paulo Freire, um dos mais notáveis pensadores da pedagogia mundial, teve uma infância pobre, tendo que conviver até mesmo com o sofrimento da fome. Cresceu e se tornou educador, desenvolvendo um dos métodos mais eficazes para alfabetização, sobretudo de adultos, por levar em conta o universo semântico dos estudantes. Essa forma de ensinar, baseada nas chamadas “palavras geradoras”, fomenta não apenas a apreensão da leitura e da escrita, mas também a discussão da realidade social dos envolvidos.

O livro de Carlos Rodrigues Brandão conta os passos e percalços desse trajeto que une o menino de Recife ao homem de longas e brancas barbas, que declarou, em sua última entrevista, ter o desejo de “ser lembrado como alguém que amou o mundo, as pessoas, os bichos, as árvores, a terra, a água, a vida”!

Ao final, o autor propõe uma atividade, que pode ser trabalhada em sala de aula, intitulada “Jogo das Palavras-Semente”, em que os princípios do Método Paulo Freire são empregados para que os alunos componham um texto criativo.

3. Imaginação e criação na infância

Esta publicação contou com as cuidadosas tradução e revisão técnica de Zoia Prestes e Elizabeth Tunes, que resultou em uma publicação fiel aos conceitos e linguagem originais do autor. Destacamos a teoria psicológica de desenvolvimento de Vigotski, pois auxilia os/as educadores/as em todos os âmbitos da educação, seja escolar, familiar, social, a apoiarem nossas crianças, adolescentes e jovens para o desenvolvimento da personalidade, da construção do conhecimento artístico, científico e cultural, como um todo, na concepção da educação emancipadora.

Imagem: Reprodução Expressão Popular

O autor apresenta de forma simples e direta os resultados de vários anos de pesquisa sobre dois aspectos muito importantes da educação emancipadora: a imaginação e a criação. O primeiro que se dá por meio de combinações com base nas vivências e aprendizagens estabelecidas na vida da criança e a segunda que se dá ao colocar em andamento aquilo que foi imaginado. O amadurecimento e pleno desenvolvimento psicológico da criança se dá por meio da brincadeira, da imaginação e da criação, em cada um de suas fases, por meio do desenho, da escrita, do teatro etc. Imaginação e criação na infância teve sua primeira edição em 1930 na, então, União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. É fruto de um trabalho coletivo da Casa Central de Educação Artística de Crianças, vinculada ao Comissariado do Povo para a Instrução da Rússia, em que Vigotski estava diretamente envolvido e que ganhou sistematização nesta obra. Ele estabelece relações entre a experiência de vida das crianças e o seu processo de imaginação e criação, sendo estas frutos da recuperação e reelaboração de suas próprias experiências, que se dá, principalmente, por meio do trabalho.

Outro aspecto abordado por ele neste livro é a forma de expressão desses sentimentos das crianças: oral, escrita, por meio de desenhos ou teatro. Ele analisa as especificidades das maneiras de se expressar das crianças em relação à sua fase de amadurecimento e como a possibilidade delas se desenvolverem estão muito relacionadas a questões sociais que a dons individuais. Este livro é indispensável para educadores e educadoras envolvidos no trabalho com a infância e juventude; é também fundamental para todos interessados em compreender os mecanismos de desenvolvimento da consciência humana em suas mais diversas possibilidades intelectuais e artísticas.

4. O grão de trigo

Ana Primavesi foi uma cientista que estudou durante muito tempo todas essas substâncias do solo. Ela viveu 99 anos e passou a maior parte de sua vida trabalhando para que conseguíssemos cuidar bem da terra, e de nós também. E todas essas substâncias que ela estudou são muito importantes para as plantas crescerem fortes e saudáveis, mas se tiver muito de uma e pouco de outra elas ficam fracas e doentes.

Você sabia, também, que no mundo que a gente vive existe um grupo de pessoas que, para ganhar muito dinheiro, explora o trabalho de outras pessoas e a terra, de um jeito que suga dela quase toda sua vida e energia. Com o solo fraco e desequilibrado, eles precisam jogar veneno nas plantas, os agrotóxicos, mas isso vai para nosso corpo deixando a gente doente também. Ela sempre dizia: solo saudável – planta saudável – ser humano saudável.

Imagem: Reprodução Expressão Popular

Além de estudar muito sobre a vida no solo, ela também pesquisou formas de cultivar a terra que respeitassem a vida contida ali, de um jeito que fosse possível produzir os alimentos de uma forma saudável – é o que chamamos hoje de Agroecologia.

Neste livro, vamos conhecer a história de um grão de trigo e entender um pouco melhor como dependemos da vida dele e como ele depende da vida do solo. Depois de lê-lo, ficamos pensando em como podemos contribuir para que a terra seja cada vez mais saudável para que possamos ter plantas e seres humanos saudáveis?

5. Che Guevara: os valores que meu pai me ensinou

A solidariedade é o mais importante valor que nós seres humanos criamos. Com ela nós olhamos para as outras pessoas e agimos para juntos construirmos um mundo melhor para todos e todas. Há muitos jeitos de sermos solidários, o mais importante é entendermos que como diz o Che, “cada um de nós sozinho, não vale nada”, vivemos em coletivo, em sociedade e temos que fazer de tudo para que não haja exploração e desigualdade entre as pessoas.

O Che dedicou toda a sua vida à luta contra a injustiça em diversos lugares do mundo. Junto com outros companheiros e companheiras fez uma revolução em Cuba, que levou dignidade para o povo daquele país. Essa foi a forma que ele encontrou para expressar esse valor da solidariedade.

Imagem: Reprodução Expressão Popular

O livro é fruto também de uma corrente de solidariedade. Massimo Mirioli, um editor de livros italiano, publicou esse texto na Itália para que as pessoas pudessem conhecer melhor quem foi o Che, mas também para ajudar o povo cubano. A Aleida Guevara, num gesto solidário ofereceu este livro para as crianças brasileiras e para os Sem Terrinha do MST, para que conheçam melhor os ensinamentos que seu pai deixou, não só para ela, mas para todos e todas nós que queremos viver em um mundo melhor.

Aleida Guevara é médica pediatra e vive em Havana, Cuba. Filha de Ernesto Che Guevara com Aleida March, ela dedica sua vida a cuidar da população do seu país e em manter vivo o pensamento e o exemplo de seu pai.

Acesse o catálogo clicando AQUI.

*Editado por Solange Engelmann