Acampamento Terra e Liberdade
MST participa de audiência no Incra em Marabá (PA)
Foto: MST Pará
Por Setor de Comunicação Pará
Da Página do MST
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, na tarde desta segunda-feira (27) participou de uma audiência no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA-SR27) de Marabá para tratar junto ao superintendente Reginaldo Rocha de Negreiros, a pauta do Acampamento Terra e Liberdade em Parauapebas.
No dia 20 de novembro, dia da Consciência Negra, mais de mil famílias do MST ocuparam e denunciaram mais um latifúndio no estado do Pará, o complexo Santa Maria e Três Marias no município de Parauapebas.
O MST apresentou na audiência desta segunda-feira, o processo de violência sofrida pelas famílias acampadas no Terra e Liberdade. A coordenação do acampamento apresentou ao superintendente do Incra a pauta entregue ao órgão, após 20 horas de repressão e violência, em que o Sindicato dos Ruralistas, usando do aparato policial do estado e fazendeiros da região, tentaram uma retirada forçada dos trabalhadores e trabalhadoras da área.
“Os trabalhadores não são responsáveis pela violência no campo no Pará, os responsáveis são o latifúndio e a oligarquia agrária deste estado”, pontua a coordenação do Acampamento.
As famílias, em negociação junto ao órgão, decidiram montar um acampamento provisório e seguir no diálogo e foram ao Instituto nesta segunda, cobrar o retorno da pauta entregue.
“Já iniciamos o levantamento das áreas apresentadas pelo movimento” informou o superintendente aos coordenadores/as. Sobre a vistoria, Negreiros falou da necessidade de organização interna do órgão, considerando que o mesmo está com um número reduzido de servidores para o trabalho.
“Além disso, o cadastramento das famílias já está sendo feito em outras áreas, e em 30 dias organizaremos o cadastro de mais famílias do Acampamento Terra e Liberdade” declarou.
O Movimento reafirmou neste dia 20 de novembro, sua natureza de luta e resistência. De luta contra racismo estrutural em nossa sociedade, pela terra para reforma agrária popular, destacando que as famílias do acampamento Terra e Liberdade seguem na organização e mobilização.
*Editado por Gustavo Marinho