Saúde e Agroecologia
Encerramento da Formação de Agentes Populares de Saúde do Campo com ênfase em Agroecologia
Da Página do MST
Desde o final de 2022 o MST do Distrito Federal e Entorno, principalmente do setor de produção e saúde, desenvolve diversos processos de formação produtiva em diversas áreas de acampamento e assentamento além do centro de educação popular e agroecologia Gabriela Monteiro, que resultou na formação do grupo de Agentes Populares de Saúde com enfase em Agroecologia. As formações aconteceram em diversas áreas com a comunidade local e das regiões administravas de Brazlândia e Planaltina
A formação é resultado de acúmulos do processo das formações de agentes populares de saúde durante a pandemia do novo Coronavírus e da campanha nacional contra os vírus e as violências. A formação, hoje com ênfase em agroecologia, tem como objetivo o desenvolvimento produtivo da base da construção de saúde de forma sustentável e autônoma para as famílias, cuja chefia, em sua maioria, por mulheres negras, chefes de família.
As atividades são desenvolvidas com o Programa de Saúde da Trabalhadora e trabalhador – PSAT – Fiocruz. André Fenner, participou da mesa de encerramento reafirmando o compromisso do programação de saúde da trabalhadora e trabalhador. As ações tem inspirado outras formações de APS que tem acontecido em diversos estados em parceria com a Fiocruz nos diversos estados da nação, da parceria fruto da articulação entre o MST, a Fiocruz e o mandato da deputada Erika Kokay (PT).
Durante a mesa, a parlamentar refletiu sobre diversas dimensões da saúde a partir de décadas de luta por uma saúde mental. A formação tem diversas dimensões que passam pela obtenção de acesso à informações, cuidados e serviços disponíveis por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil.
Edleuza Tavares, Setor de Produção, cooperação e meio ambiente do MST do DF e Entorno que participa da organização das atividades que compõe o planejamento estratégico do setor na região.
As ferramentas produtivas desenvolvidas na formação evidenciam as dimensões da construção da saúde em nossas áreas que passa pela produção de alimentos saudáveis por todo o povo”
Edleuza Tavares
O MST tem a Agroecologia como fundamental na estratégia produtiva e política, e reúne elementos que potencializam sua proposta de Reforma Agrária Popular na disputa por outro modelo de Produção da Agricultura convencional”, afirma a dirigente.
O evento também teve a participação do IFB, através da colaboração do coordenador Etelvino Rocha Araújo da Coordenação de Curso de Tecnologia em Agroecologia , outro parceiro das atividades desenvolvidas na formação por partilhar dos princípios agroecológicos para as atividades desenvolvias na formação do APS. “ Grande satisfação em ver que estudantes e egressos do curso na formação são moradores das áreas rurais na construção desse projeto”.
O coordenador também reforçou a importância do povo em “participar do processo seletivo do curso, que será aberto até o final do ano, com vagas que podem ser acessadas através do SISU; também haverá vagas remanescentes direcionadas ao povo do campo com as notas do ensino médio”.
A mensagem afirmada pela mesa foi reafirma Maria Moreira, do acampamento Ana Primavesi, em Brazlândia-DF. “Fazendo o nosso autocuidado, nós fortalecemos o coletivo e seguimos acumulando e ocupando espaços que as vezes são negados, mas são direto nosso para cultivarmos uma vida saudável”,
Com alimentação saudável em todo o processo, no final da atividade foi feito o plantio de um Baobá para simbolizar a o compromisso do trabalho a ser feito nas próximas formações em novas áreas e compartilhamento da metodologia com o povo na periferias, áreas rurais e periurbanas.
*Editado por Fernanda Alcântara