Abril de Lutas
Jornada Nacional de Lutas no RS é marcada por novo acampamento, em Tupanciretã
Com cerca de 300 famílias, montaram acampamento em área do assentamento Santa Rosa, no município de Tupanciretã (RS)

Por Katia Marko
Da Página do MST
O sol começava a raiar quando o novo acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no Rio Grande do Sul começou a nascer nas terras gaúchas, na manhã desta sexta-feira (19).
Com cerca de 300 famílias, os primeiros mourões foram plantados na terra, numa área do assentamento Santa Rosa, no município de Tupanciretã, na região central do Estado. A ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, com o lema “Ocupar para o Brasil Alimentar”, que ocorre em todo o país no mês de abril.
“Essa é uma região histórica de lutas pela terra, onde temos uma quantidade significativa de famílias que querem lutar por um pedaço de chão para plantar e viver com dignidade”, destaca o dirigente estadual do MST/RS, Alencar Cavaleiro, que acompanha a ação.


Segundo ele, o novo acampamento busca pautar a retomada da luta pela terra no Rio Grande do Sul, avançar no assentamento de todas as famílias acampadas e no acesso de crédito para as famílias assentadas.
Na região central do RS, que abrange as cidades de Tupanciretã, Jóia, Júlio de Castilhos, Pinhal Grande, Salto do Jacuí, Cruz Alta, Quevedos e Boa vista, já há 42 assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), conquistados pela luta do MST, somando 1.826 famílias assentadas.
Ocupar, para o Brasil Alimentar
Abril é o mês da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, engajada pelo MST com mobilizações de caráter massivo, com marchas, atos, protestos, ações de formação, solidariedade e de enfrentamento à concentração de terras no Brasil, entoando o lema: “Ocupar, para o Brasil Alimentar!”, e celebrando os 40 anos de trajetória do Movimento.
As ações, sobretudo, enfatizam a importância da Reforma Agrária como alternativa urgente e necessária para a produção de alimentos saudáveis para a população do campo e da cidade, para combater a fome e avançar no desenvolvimento do país, no contexto agrário, social, econômico e político.