Minas Gerais

Nucampo faz visita em lote de assentados da Reforma Agrária na Zona da Mata Mineira

O grupo de produção de bioinsumos é a materialização de projetos realizados a partir de uma escola do campo, em Goianá (MG)
Foto: Mariana Paiva 

Por Matheus Teixeira
Da Página do MST

Na última segunda-feira (3), o Núcleo de Compostagem Agroecológica e Manejo de Produtos Orgânicos (Nucampo), participou do intercâmbio agroecológico no lote de Luiza Margarida e Sebastião Antonele, assentados da Reforma Agrária, e moradores do assentamento Denis Gonçalves, Goianá (MG).

O encontro propiciou momentos de trocas de experiências, aprendizados e reafirmou o compromisso dos participantes em seguirem construindo um novo modelo de produção agrícola, em que a produção de bioinsumos, pautado na agroecologia, seja uma alternativa contra o uso de agrotóxicos.

Durante a atividade, os alunos da Escola Estadual Carlos Henrique Ribeiro dos Santos, que compõem o coletivo, junto ao corpo docente da mesma, realizaram a doação de mudas de árvores nativas e frutíferas, produzidas pelos estudantes, além da doação de Microrganismos eficientes (EM), que auxiliam no aumento da produtividade agrícola, atuam na germinação, florescimento, frutificação e ativação do amadurecimento. Bem como a vermicompostagem, também conhecida como minhocultura, que consiste no processo de reciclagem de resíduos orgânicos por meio da criação de minhocas, sendo uma importante e eficaz alternativa para resolver economicamente e ambientalmente os problemas dos dejetos orgânicos.

Fotos: Mariana Paiva 

De acordo com Adilson Custodio e Mariana Paiva, professores da escola, a ação é uma devolutiva à comunidade do que vem sendo realizado pela escola, a partir dos princípios da agroecologia.

Essa participação é um retorno do que vem sendo construído, um apoio do trabalho que a escola tem feito no sentido de fortalecer experiências dos assentados. É importante cada vez mais fazer essas parcerias, inclusive junto com a EMATER [Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais], fortalecendo sempre a agroecologia como alternativa e modelo de preservação da biodiversidade”, afirma os educadores.

Foto: Mariana Paiva 

A visita do coletivo da escola ao lote dos assentados se insere na Jornada Nacional em Defesa da Natureza e de seus povos, que vem realizando uma série de ações e atividades que denunciam o agronegócio frente à crise ambiental e o aumento dos eventos climáticos extremos, e reforça a solidariedade ao povo do Rio Grande do Sul. A jornada é construída na semana em que se comemora o Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, com a finalidade de chamar a atenção da população para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos bens naturais.

*Editado por João Carlos