Lançamento

Adelaide Ivánova lançará o livro Asma em São Paulo, no próximo dia 5 de julho

Obra apresenta Vashti Setebestas, personagem que anda pela Terra atravessando o tempo, transmutando-se em muitas entidades, corpos e povos
Adelaide Ivánova, autoretrato. Foto: acervo pessoal

Da Página do MST*

Na sexta-feira do dia 5 de julho, a cidade de São Paulo receberá o lançamento do livro “Asma”, obra mais recente da escritora Adelaide Ivánova. O evento ocorrerá na Livraria Expressão Popular, Alameda Nothmann 806, nos Campos Elíseos, a partir das 19h; onde será feita uma apresentação do conteúdo literário conduzido pela autora, seguido de sessão de autógrafos.

Sendo um dos grandes nomes da poesia brasileira contemporânea, Adelaide é jornalista e ativista pela justiça habitacional, trabalhando com poesia, fotografia, performance, tradução, educação política e edição. Seus poemas e ensaios foram traduzidos para o alemão, galego, inglês, catalão, espanhol, grego, italiano, estónio, sueco e russo.

A autora é pernambucana e mora há 16 anos na Alemanha, em Berlim. Neste período se dedicou ao lançamento de seis obras literárias. Em 2018, Ivánova ganhou o Prêmio Rio de Literatura com seu segundo livro de poesia, “o martelo”. E agora traz à tona o enredo da personagem Vashti Setebestas, com o lançamento de Asma.

Por meio de gênero literário que brinca com o realismo fantástico, a mítica Vashti Setebestas se transforma em todas as mulheres – e fêmeas – do mundo. Desafiando os homens que sempre tiveram o domínio da narrativa da humanidade, nas trilhas de uma heroína que rompe o tempo e as cercas. Meio Virginia Woolf, meio cangaceira, meio Amy Winehouse e, às vezes, apenas mais uma La Ursa em fuga.

Arte da capa do livro Asma, feita pelo artista Bozó Bacamarte. Foto: Divulgação/Editora Nós

“Em cada verso, o corriqueiro se manifesta no assombro que margeia o cotidiano daquelas que a grana, a cruz e o rei relegaram à condição de sobras viventes. Destituídas daquilo que um país justo e fraterno poderia conceder às suas filhas” – anuncia trecho da orelha descrita pelo escritor e historiador Luiz Antonio Simas.

Com capa e projeto gráfico desenvolvidos pelo artista visual olindense Bozó Bacamarte, o livro estampa o encantado e a poética inspirada na xilogravura para retratar Vashti. “Asmática e degredada carente de sobrenome eu já nasci caminhando só não sei até aonde misteriosa bruaca talvez gente talvez vaca corria da lei dos homens” – Adelaide Ivánova, em Asma.

Segundo a autora, “a criação da narrativa e da personagem foi muito inspirada nas histórias de luta do MST e do MST Pernambuco em particular, com quem a autora tem uma relação de aprendizado e camaradagem”.

O evento é organizado pela autora em conjunto com a editora Nós, com o apoio da Livraria Expressão Popular, Armazeḿ do Campo São Paulo e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

*Com informações da Editora Nós

**Editado por João Carlos