LGBTI+ Sem Terra

LGBTs Sem Terra se reúnem no 2º Encontro Estadual do coletivo na Bahia

Encontro pretende fortalecer a militância e discutir a diversidade e a inclusão no campo no estado
Foto: Cadu Souza

Por Cadu Souza
Da Página do MST

Deu início na manhã desta quarta-feira (03) o 2º Encontro Estadual LGBTI+ Sem Terra na Bahia, com objetivo de estudo e formação da militância no estado. A atividade é organizada pelo Setor LGBT Sem Terra e conta com a participação da militância dos acampamentos e assentamentos de todo estado baiano.

Durante o encontro, diversas falas reafirmaram o papel do campo, que vai além da produção de alimentos, mas é também lugar de produzir vida e de construir formas livres de se relacionar afetiva e sexualmente. Lutar e construir a Reforma Agrária Popular se faz em se organizar e lutar todos os dias contra o patriarcado e o racismo que estruturam o capitalismo e suas violências. 

Foto: Cadu Souza

Para Luiz Paulo, do coletivo LGBT Sem Terra, o momento é de organização das pessoas que compõem o coletivo nos acampamentos e assentamentos espalhadas pelas regiões na Bahia.

Muito importante nosso segundo encontro estadual LGBT Sem Terra aqui no estado, onde podemos estudar e nos organizar para lutar pela terra e pela nossa existência. Neste momento, reafirmamos a importância de nossos corpos na luta pela Reforma Agrária Popular, e isso empodera e nos fortalece na luta de combate do patriarcado, do racismo e do capitalismo”

– Luiz Paulo

Durante três dias a militância segue em estudo, formação e organização com uma programação que trata de diversos assuntos, como:

  • Os desafios dos sujeitos LGBTI+ na participação ativa da política partidária, com a participação da deputada estadual (PT-PE) Rosa Amorim;
  • Ancestralidade, cultura e resistência, com Pai Wesley;
  • Políticas públicas para população LGBT, com Simmy Larrat, Secretária Nacional LGBTQIA+ do MDH;
  • Relações humanas emancipadas;
  • Resgate histórico ao longo dos 40 anos do MST;
  • Campanha contra de LGBTI+fobia no campo;
  • Diversidades na educação do campo;
  • Momentos de escuta e vivências e momento de autocuidado com Ponto de cuidados, do setor de saúde do MST.

*Editado por Fernanda Alcântara