Formação

MST realiza 3ª Escola Internacional de Bioinsumos

Curso reúne representantes de 12 países na Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto
Foto: Comunicação MST na Bahia

Por Vitória Bruno
Do Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

Nesta segunda-feira (12), teve início a 3ª Escola Internacional de Bioinsumos, que ocorre na Escola Popular de Agroecologia e Agrofloresta Egídio Brunetto, localizada no Assentamento Agroecológico Jacy Rocha, Extremo Sul da Bahia. O curso conta com 35 educandos e educandas, representantes de organizações da agricultura familiar e camponesa, pesquisadores e técnicos agrícolas, vindos da Argentina, Bolívia, Colômbia, Cuba, Equador, Guatemala, México, Paraguai, Peru, Venezuela, Uruguai, além do Brasil. A atividade é organizada pela Associação Internacional para Cooperação Popular – BAOBAB – e pelo MST.

O curso de Bioinsumos tem por objetivo criar um espaço de consolidação técnica, formação político-organizativa e construção de propostas relacionadas aos bioinsumos por meio de intercâmbio de conhecimentos e saberes, a fim de contribuir para a formação agroecológica dos agricultores, pesquisadores e outros sujeitos sociais comprometidos com o fortalecimento da agricultura familiar e das organizações populares no Sul Global. Além disso, a atividade busca construir uma formação compartilhada de estratégias de produção e uso de bioinsumos no contexto da América Latina e do Caribe e de seus camponeses.

“É necessária a compreensão da amplitude da organização em si, similarmente aos enfrentamentos que debatemos com tanto afinco, que vêm desde a colonização e se materializam até hoje, tais como: o ciclo da cana-de-açúcar, da pecuária e mais recente com o monocultivo do eucalipto, sendo estes os mais presente em nosso estado’’, destacou Evanildo Costa, da Direção Nacional do MST na Bahia, sobre os desafios da Reforma Agrária..

Segundo Evanildo, a principal ideia da organização é reivindicar as áreas improdutivas para serem substituídas pelo plantio de alimentos saudáveis e pelo reflorestamento, garantindo que muitas famílias tenham a oportunidade de uma vida digna, com trabalho e renda.

Aspectos inadmissíveis como estes levam a debater a Reforma Agrária como uma das principais políticas para destravar o desenvolvimento social e econômico no campo, fornecendo auxílio para estes trabalhadores empregados, dando outra oportunidade de conquistarem seu pedaço de terra e plantar seu alimento para subsídio de seus familiares e comercialização.

Sobre os bionsumos, Costa apontou que “o acesso a tecnologias que inclui os bioinsumos e sua adoção juntamente com um conjunto de práticas camponesas é estratégico para processos de transição e para o avanço da agroecologia nos territórios camponeses”.

A atividade segue até o próximo dia 31, com uma programação de debates, trocas de experiências, oficinas e integração entre os participantes dos diversos países.

*Editado por Gustavo Marinho