Igualdade

Deputada Lucinha do MST presidirá Comissão de Promoção da Igualdade na Bahia

Comissão recém-instalada visa promover políticas públicas para a igualdade racial e social
Foto: Divulgação

Da Página do MST

A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) oficializou a instalação da Comissão Especial de Promoção da Igualdade, uma iniciativa liderada pela Deputada Estadual Lucinha do MST (PT), cujo requerimento foi aprovado pelo presidente da Casa, Deputado Adolfo Menezes. Publicado no Diário Oficial do Legislativo, este passo marca uma importante vitória para os movimentos negros, sociais e para o Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado da Bahia (CDCN-BA), reforçando o compromisso com a luta pela igualdade e justiça social. 

Lucinha do MST assumirá a presidência da comissão, consolidando mais um marco em sua trajetória de mais de 35 anos de luta. Natural de Eunápolis, no Extremo Sul da Bahia, Lucinha, hoje com 52 anos, iniciou sua militância aos 15, participando das primeiras ocupações do Movimento Sem Terra (MST) no estado. Desde então, dedicou sua vida à defesa dos direitos das trabalhadoras e trabalhadores do campo e da cidade, consolidando sua liderança no MST. Além de atuar na direção estadual e nacional do Movimento, Lucinha também foi coordenadora-geral do Acampamento de Mulheres Trabalhadoras Rurais e fez parte de organizações como a Via Campesina e a Coordenação Nacional dos Movimentos Sociais (CMS). 

Atualmente, ela também atua como Secretária Nacional de Movimentos Populares do PT, articulando manifestações populares e fortalecendo a luta por políticas públicas. Ao longo de sua trajetória, Lucinha ocupou diversos cargos relevantes, como 1ª Secretária de Políticas para Mulheres na Bahia durante o governo Jaques Wagner e Secretária de Promoção da Igualdade Racial da Bahia na gestão de Rui Costa. Hoje, como Deputada Estadual, é a primeira Mulher Sem Terra a ocupar esse cargo na Bahia. 

A Comissão Especial de Promoção da Igualdade será um espaço privilegiado para o diálogo e a construção de políticas públicas voltadas para a superação das desigualdades históricas que afetam a população negra, indígenas, quilombolas, ciganos, LGBTQIAPN+ e comunidades tradicionais. Composta por oito membros efetivos e quatro suplentes, a comissão terá papel crucial na promoção de debates, audiências públicas e ações concretas em defesa da igualdade racial e dos direitos humanos na Bahia. 

“Esta comissão é fruto de uma longa trajetória de luta dos movimentos sociais e da comunidade negra, que historicamente têm resistido às estruturas de desigualdade e racismo em nosso estado. Estamos aqui para garantir que os direitos de todos os povos e comunidades sejam respeitados e fortalecidos”, celebrou Lucinha do MST. 

A instalação desta comissão reafirma a importância de um espaço político-institucional que acolha as demandas dos movimentos sociais, possibilitando a construção de soluções inclusivas e efetivas.