Grito dos Excluídos
Movimentos sociais realizam marcha pela Reforma Agrária em Presidente Prudente/SP
Por Coletivo de Comunicação do MST no Pontal
Da Página do MST
Na manhã de hoje, dia 06 de setembro, movimentos sociais e organizações populares que atuam na região do Pontal do Paranapanema, interior de São Paulo, realizaram uma marcha como ato político pelo Grito dos Excluídos e das Excluídas. A atividade tem o objetivo de mobilizar a população para denunciar as desigualdades sociais.
Fruto da 2ª Semana Social Brasileira da CNBB (1994), o Grito dos Excluídos e Excluídas completa três décadas em 2024. Os diversos atos que acontecem no Grito dos Excluídos e das Excluídas, em todo o Brasil, evidenciam as contradições do Estado e da burguesia brasileira, tendo como referência a comemoração do 7 de Setembro, comemorado o “Dia da Independência do Brasil”, para chamar a atenção da população sobre os diversos aspectos da sociedade brasileira ainda não somos independentes, como a desigualdades social, o racismo, desemprego, violência de gênero, LGBTfobia, falta de moradia, fome, entre outros. Aponta, ainda, a necessidade de organizar os trabalhadores e as trabalhadoras para lutar por direitos e contra as diversas formas de desigualdade.
O Pe. Jurandir Severino de Lima, da Comissão Pastoral da Terra (CPT) destaca que, “a luta pela terra é a mãe de todas as lutas, como já dizia o Dom José Maria. Nós estamos enfrentando aqui uma Lei do Tarcísio de Freitas que tira a esperança do povo e nós temos que permanecer firmes na luta contra essa lei, assim como sempre estivemos firmes em outros enfrentamentos aqui no Pontal do Paranapanema”.
A marcha em Presidente Prudente reuniu cerca de 500 pessoas e teve início no centro da cidade, em frente à ocupação cultural Galpão da Lua e seguiu em caminhada pelas avenidas Washington Luiz, Col. José Soares Marcondes e Manoel Goulart, chegando até a FCT/UNESP, onde prosseguiu com a programação em uma Audiência Pública sobre o tema das terras devolutas da região do Pontal do Paranapanema.
A pauta principal anunciada na marcha foi a emergência de um amplo projeto de Reforma Agrária Popular para a transformação da nossa sociedade, entendendo a necessidade de apontar a concentração fundiária e o agronegócio como formas de produção de desigualdades, violências, fome e crise ambiental.
Para Marisa da Luz, da Direção Estadual do MST em São Paulo, o ato foi muito importante para demarcar a pauta das terras públicas na região do Pontal, especialmente no caráter de mobilização coletiva, onde tivemos uma ampla participação dos movimentos sociais e de diversas organizações. Com certeza o ato de hoje registra um importante momento na memória das lutas sociais da nossa região, um momento de luta, de organização, do trabalho de base e de diálogo com a sociedade.
Participaram da organização e mobilização da marcha o MST, Comissão Pastoral da Terra (CPT), Consulta Popular, Diocese de Pres. Prudente, Pastoral da Juventude, PCBR, Coletivo Cultural Galpão da Lua e Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Pres. Prudente e Região (SINTRAPP).
*Editado por Fernanda Alcântara